Blog de Biologia
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Mata ciliar e ano internacional das florestas
O exame nacional do ensino médio (ENEM) costuma abordar em sua
provas temas altamente atuais e por isso analisa o candidato quanto ao
seu nível de informação nacional e internacional. Este ano,2011,é o ano internacional das florestas,e aqui no Brasil se discute a reformulação do código florestal,principalmente de áreas de preservação permanente (APP) e dentre elas está a MATA CILIAR que antes tinha 30 metros e o novo código quer reduzir para 15 metros e que habita as margens de rios,protegendo esses mananciais de impurezas,pois as raízes filtram,protegendo também de erosão do solo que se localiza ao redor dos rios evitando a deposição de partículas minerais no fundo do solo,o que chamamos de ASSOREAMENTO deixando o rio gradativamente mais raso e com o tempo o leito do rio pode desaparecer.
Logo,feras,preparem-se para questões em biologia ou geografia que envolvam textos sobre o código florestal,mata ciliar e florestas.
Bons estudos!!!!!!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
UPE
UPE destina o dobro de vagas para o Sistema Seriado de Avaliação
Publicado em 29.06.2011, às 10h24
Do NE10Com informações de Isabelle Figueirôa, direto da UPEPara reitor da UPE, aumento de vagas no SSA busca fortalecer a Educação Básica no Estado
Foto: Isabelle Figueirôa/NE10
ATUALIZADA ÀS 12H50
O Vestibular 2012 da Universidade de Pernambuco (UPE), assim como no concurso anterior, vai oferecer aos candidatos 3.580 vagas em 44 cursos de graduação. Desse total, 2.864 vagas serão destinadas aos candidatos que passam pela avaliação tradicional e as outras 716 vão ser disputadas pelos candidatos do Sistema Seriado de Avaliação (SSA). No entanto, os feras que ingressarem no SSA neste ano serão beneficiados com o dobro de vagas em 2014, quando realizarem a terceira fase do seriado. Esta é uma das principais novidades anunciadas, na manhã desta quarta-feira (29), pela Comissão de Vestibular da UPE.
A ampliação, porém, não contemplará os alunos que já iniciaram o processo seletivo, apenas os que estiverem iniciando nesta edição. O reitor da UPE, Carlos Calado, acrescenta outras novidades para a seleção. "Modernizamos o processo de informatização para interagir mais com o jovem através de correio eletrônico e redes sociais", disse. O reitor garante que os locais de prova serão mais perto do endereço do fera, já que todos farão a mesma prova, independente do curso. [Veja entrevista com o reitor Carlos Calado sobre as novidades do Vestibular 2012 da UPE e a relação com o Enem]
EDUCAÇÃO
:56:04
VESTIBULAR // NOVIDADES
UPE reformula o vestibular a partir deste ano
Publicado em 08.06.2011, às 08h10
Margarida AzevedoDo Jornal do CommercioO vestibular deste ano da Universidade de Pernambuco (UPE) terá novidades. Os candidatos farão provas iguais de cada disciplina, independentemente do curso em que estão concorrendo vaga. O fera de medicina, por exemplo, terá a mesma prova de biologia que o colega de administração. O que vai diferenciar, na hora da correção dos testes, é o peso de cada matéria.
Outra mudança será a aplicação de conteúdo único para os vestibulares tradicional e seriado. Os assuntos que cairão nas provas serão os mesmos nas duas seleções, com a diferença que no seriado virão distribuídos em três anos.
O desvio padrão, instrumento usado no cálculo da média, deixa de existir. Aplicado há cerca de 20 anos no vestibular da UPE, o desvio leva em conta o desempenho do grupo e compara o resultado do estudante com os demais concorrentes. O vestibulando não conseguia calcular sua média sozinho pois não sabia qual era esse desvio. A partir de agora, fica mais fácil, pois valerá seu real desempenho. Ele não vai depender da universidade para saber sua nota. Basta somar os acertos e atribuir os pesos.
"Essas são algumas das mudanças. Anunciaremos outras novidades ainda este mês. Tudo foi pensado para qualificar o processo seletivo e beneficiar os estudantes. Iniciamos os debates no final do ano passado e envolvemos representantes dos sindicatos das escolas particulares e públicas e da Secretaria Estadual de Educação", ressalta a presidente da Comissão do Vestibular e pró-reitora de graduação da UPE, Izabel Avelar.
Outra mudança será a aplicação de conteúdo único para os vestibulares tradicional e seriado. Os assuntos que cairão nas provas serão os mesmos nas duas seleções, com a diferença que no seriado virão distribuídos em três anos.
O desvio padrão, instrumento usado no cálculo da média, deixa de existir. Aplicado há cerca de 20 anos no vestibular da UPE, o desvio leva em conta o desempenho do grupo e compara o resultado do estudante com os demais concorrentes. O vestibulando não conseguia calcular sua média sozinho pois não sabia qual era esse desvio. A partir de agora, fica mais fácil, pois valerá seu real desempenho. Ele não vai depender da universidade para saber sua nota. Basta somar os acertos e atribuir os pesos.
"Essas são algumas das mudanças. Anunciaremos outras novidades ainda este mês. Tudo foi pensado para qualificar o processo seletivo e beneficiar os estudantes. Iniciamos os debates no final do ano passado e envolvemos representantes dos sindicatos das escolas particulares e públicas e da Secretaria Estadual de Educação", ressalta a presidente da Comissão do Vestibular e pró-reitora de graduação da UPE, Izabel Avelar.
Leia a matéria completa no Jornal do Commercio desta quarta-feira (8)
Conteúdo programático
BIOLOGIA
BIOLOGIA
1. BIOQUÍMICA - 1.1 Água e os seres vivos �� estrutura e importância da água para a vida. 1.2
Glicídios �� Classificação e importância dos glicídios 1.3 Lipídios �� Classificação e importância
dos lipídios. 1.4 Proteínas �� composição molecular, arquitetura e função das proteínas. 1.5
Vitaminas - principais vitaminas e suas fontes naturais e avitaminoses. 1.6 Ácidos nucléicos -
tipos de ácidos nucléicos: DNA e RNA, componentes e estruturas dos ácidos nucléicos. 2.
ORIGEM DA VIDA - 2.1 Abiogênese e Biogênese. 2.2 Hipóteses autotrófica e heterotrófica. 3.
CITOLOGIA - 3.1 Célula procariota e eucariota. 3.2 Membranas e envoltórios externos à
membrana plasmática. 3.3 Permeabilidade celular. 3.4 Endocitose e exocitose. 3.5 Organelas:
organização estrutural e funcional. 3.6 Metabolismo energético: fotossíntese, respiração e
fermentação. 3.7 Núcleo celular. 3.8 Processo mitótico e meiótico. 3.9 Metabolismo de controle
gênico celular: Replicação, Transcrição, Código Genético e Tradução. 4. REPRODUÇÃO E
EMBRIOLOGIA ANIMAL - 4.1 Reprodução Assexuada e Sexuada. 4.2 Fecundação. 4.3
Segmentação, blastulação, gastrulação e organogênese. 5. HISTOLOGIA - 5.1 Tecidos
animais - tecidos epiteliais, tecidos conjuntivos propriamente ditos e de sustentação e
transporte, tecidos musculares e tecido nervoso. 6. TAXONOMIA - 6.1 Sistemas de
classificação biológica. 6.2 Regras de nomenclatura. 6.3 Os reinos biológicos: características
gerais e importância. 7. VÍRUS, BACTÉRIAS, PROTOZOÁRIOS E FUNGOS - 7.1 Reprodução
de vírus, bactérias e protozoários. 7.2 Higiene e Saúde I: 7.2.1 Imunidade. 7.2.2 Viroses:
principais viroses humanas. 7.2.3 Bacterioses: principais doenças humanas causadas por
bactérias. 7.2.4 Agente causal, modo de transmissão, sintomatologia e profilaxia das
bacterioses. 7.2.5 Principais parasitoses ocorrentes no Brasil: ciclos evolutivos de protozoários
causadores de parasitoses. 7.2.6 Agente causal, modo de transmissão, sintomatologia e
profilaxia das parasitoses. 8. BOTÂNICA - 8.1 Características gerais dos grandes grupos
atuais. 8.2 Evolução da reprodução nos grupos vegetais. 8.3 Tecidos vegetais - meristemas
primários e secundários; fundamental, parênquima, esclerênquima e colênquima; vascular,
xilema e floema; dérmico, epiderme e periderme. 8.4 Morfologia vegetal. 9. ZOOLOGIA - 9.1
Principais filos animais e suas características gerais. 9.2 Higiene e Saúde II: 9.2.1 Principais
parasitoses ocorrentes no Brasil: ciclos evolutivos de vermes causadores de parasitoses.
Agente causal, modo de transmissão, sintomatologia e profilaxia das parasitoses. 10.
FUNÇÕES VITAIS NOS ANIMAIS - 10.1 Nutrição e digestão. 10.2 Circulação e transporte.
10.3 Respiração. 10.4 Excreção. 10.5 Sistemas de proteção, sustentação e locomoção. 10.6
Sistemas integradores e regulação funcional. 10.7 Os sentidos. 11. ASPECTOS SOCIAIS DA
BIOLOGIA - doenças sexualmente transmissíveis, uso indevido de drogas, gravidez na
adolescência, obesidade. 12. GENÉTICA BÁSICA - 12.1 Hereditariedade e diversidade da
vida: padrões mendelianos e não-mendelianos, interação gênica, alelos múltiplos, penetrância
e expressividade. 12.2 Ligações gênicas, recombinação e mapas genéticos. 12.3 Herança e
determinação do sexo e cromossomos sexuais. 12.4 Mutações gênicas e alterações
cromossômicas. 13. GENÉTICA MODERNA - SUAS APLICAÇÕES E ASPECTOS ÉTICOS -
13.1 Noções de célula tronco. 13.2 Clonagem. 13.3 Tecnologia do DNA recombinante. 13.4
Genoma humano. 14. EVOLUÇÃO - 14.1 Teorias evolutivas. 14.2 Evidências da evolução.
14.3 Formação e evolução das espécies. 14.4 Fatores evolutivos. 14.5 Seleção artificial e seu
impacto ambiental e populacional. 14.6 Noções de probabilidade e genética de populações. 15.
ECOLOGIA - 15.1 Ecossistemas e seus componentes. 15.2 Dinâmica de populações. 15.3
Ciclos biogeoquímicos. 15.4 Biociclos: terrestre, de água doce e marinho. 15.5 Relações entre
os seres vivos. 15.6 Sucessão ecológica e Biomas. 15.7 Conservação da Biodiversidade. 15.8
Problemas ambientais: mudanças climáticas; desmatamento; erosão; introdução de espécies
exóticas; poluição da água, do solo e do ar.
Ano que vem...quem sabe...
UPE estuda adotar o Enem
Inclusão do exame na seleção será definida em outubro. Anúncio foi feito durante apresentação de mudanças no vestibular
Publicado em 30/06/2011, às 07h41
Margarida Azevedo
A Universidade de Pernambuco (UPE) decidirá no dia 31 de outubro se adotará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em seu vestibular tradicional. A decisão será tomada pelos Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão. Caso a instituição aprove a inclusão da avaliação em seu processo seletivo, a novidade só será implantada em 2012 ou 2013, ou seja, não vai interferir no concurso deste ano. O reitor da UPE, Carlos Calado, defenderá a adoção do exame no vestibular. Ele falou sobre o assunto quinta-feira (29), durante lançamento das novidades no vestibular, no Espaço Ciência, no Complexo de Salgadinho, Olinda, Grande Recife.
"Não podemos dar às costas a uma boa proposta. Inicialmente, o Enem apresentou dificuldades, mas conceitualmente é muito bom. Eu vou defender a adoção do exame no nosso vestibular. Mas ressalto que não é uma decisão que cabe apenas ao reitor, mas ao colegiado que integra os dois conselhos superiores da universidade", destacou Carlos Calado. Ele afirmou gostar do modelo aplicado no vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no qual o Enem é usado parcialmente, ao substituir a primeira fase do concurso. A segunda etapa é realizada pela Federal.
As reuniões dos dois conselhos ocorrem sempre no último dia útil de cada mês. Até 31 de outubro, uma comissão presidida pelo vice-reitor, Rivaldo Mendes Albuquerque, vai produzir um relatório técnico para subsidiar as discussões nos dois conselhos. Participarão do grupo os três reitores acadêmicos (Izabel Avelar, de graduação, Viviane Colares, de pós-graduação, e Gilberto Alves, de extensão e cultura) e a coordenadora da comissão de avaliação, Tercina Lustosa.
"Não dá mais para adiar. A UPE precisa decidir se adotará ou não o Enem, seja no próximo ano ou em 2013", observou o reitor. Além dele e do vice-reitor, compõem o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão os pró-reitores e representantes de docentes, servidores e alunos. A formação do Conselho Universitário é parecida, com o acréscimo da participação dos diretores das unidades de educação e saúde e membros da sociedade.
INSCRIÇÕES ENEM
INSCRIÇÕES DO ENEM 2011 (23/05 a 10 / 06 )
Provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro. Inscrições poderão ser feitas a partir desta segunda-feira (23).
Do G1, em São Paulo
O Ministério da Educação publicou nesta quinta-feira (19) no "Diário Oficial da União" o edital com as regras do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2011). O exame será realizado nos dias 22 e 23 de outubro. As inscrições serão abertas às 10h desta segunda-feira (23) e poderão ser feitas até as 23h59 do dia 10 de junho. A taxa de inscrição é de R$ 35. O Enem é utilizado por muitas universidades públicas para o acesso ao ensino superior.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao MEC responsável pela organização do Enem, espera um total de 6 milhões de inscritos nesta edição do exame. O Inep já marcou outro Enem para o primeiro semestre do ano que vem, nos dias 28 e 29 de abril de 2012. O G1 mostra abaixo alguns pontos importantes que os estudantes que vão fazer o Enem devem estar atentos, indicados no edital do exame:
Inscrição As inscrições para o Enem serão abertas às 10h desta segunda-feira (23) e poderão ser feitas até as 23h59 do dia 10 de junho no site do Enem. O valor da taxa de inscrição será de R$ 35.
No ato de inscrição é emitida uma guia para ser paga em uma agência bancária até o dia 10 de junho. A isenção do pagamento da taxa pode ser feita por meio do sistema de inscrição e é conferida ao aluno que vai concluir o ensino médio em 2011 em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar, ou a estudantes que eclarar ser membro de família de baixa renda ou estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para isso, deverá apresentar documentos que comprovem sua condição. Os documentos serão analisados pelo Inep que poderá negar a isenção.
No ato de inscrição, o candidato deve fornecer o número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o seu número do documento de identidade (RG). Estudantes com necessidades especiais deverão informar no ato da inscrição sua situação. Quem for usar o Enem para obter a certificação de conclusão do ensino médio deverá infdicar uma das instituições certificadoras que estará autorizada a receber seus dados cadastrais e resultados.
O edital indica ainda que cabe ao candidato verificar se a inscrição foi concluída com sucesso. O candidato deverá guardar número da inscrição e a senha. Elas são indispensáveis para todo o processo do Enem, como inscrição, realização da prova, obtenção dos resultados e participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona os alunos melhores classificados no Enem para vagas em universidades públicas cadastradas. Também será usados nos programas de bolsa de estudos (ProUni) e de financiamento estudantil (Fies), entre outros programas do Ministério da Educação.
O Comprovante da Inscrição estará disponível no Erro! A referência de hiperlink não é válida..
As provas O Enem será realizado nos dias 22 e 23 de outubro. O exame tem quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas vão tratar de quatro áreas de conhecimento do ensino médio:
- ciências humanas e suas tecnologias: história, geografia, filosofia e sociologia;
- ciências da natureza e suas tecnologias: química, física e biologia;
- Linguagens, códigos e suas tecnologias e redação: língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação;
- Matemática e suas tecnologias: matemática.
Para a realização das provas o candidato deverá usar somente caneta com tinta esferográfica preta.
As provas terão início às 13h. No dia 22 de outubro serão realizadas as provas de Ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. No dia 23 serão realizadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias. As provas terão 5h30 de duração. O candidato só pode entregar o gabarito e deixar a sala após duas horas de prova.
O Inep recomenda que os candidatos cheguem no local de prova ao meio-dia (horário de Brasília). É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas. Quem não tiver o documento deverá apresentar Boletim de Ocorrência emitido há no máximo 90 dias da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.
Você deverá conferir os dados antes de iniciar a prova Antes de iniciar as provas, de acordo com o edital, o candidato deverá verificar se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões indicadas no seu cartão-resposta e contém qualquer defeito gráfico que impossibilite a resposta às questões. O estudante deverá ler e conferir todas as informações registradas no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na lista de presença e demais documentos do exame. E notar alguma coisa errada, o candidato deverá imediatamente comunicar ao aplicador de sua sala para que ele tome as providências cabíveis no momento da aplicação da prova.
Segundo o edital, a capa do caderno de questões possui informações sobre a cor do mesmo e uma frase em destaque, e caberá obrigatoriamente ao candidato marcar nos cartões-resposta, a opção correspondente à cor da capa do caderno de questões; transcrever nos cartões-resposta a frase apresentada na capa de seu caderno de questões. As respostas das provas objetivas e o texto da redação do deverão ser transcritos, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, nos respectivos cartões-resposta e folha de redação, que deverão ser entregues ao aplicador ao terminar o exame.
O que não pode O edital proíbe ao candidato, sob pena de eliminação, falar com outros candidatos, usar lápis, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros, calculadora, agendas eletrônicas, celulares, smartphones, tablets, ipod, gravadores, pen drive, mp3 ou similar, relógio ou qualquer receptor ou transmissor de dados e mensagens.
A redação A redação do Enem é corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 300 pontos ou mais na nota atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1000), a redação passará por uma terceira correção, realizada por um supervisor.
A nota atribuída pelo supervisor substitui a nota dos demais corretores. De acordo com o edital, o Inep considera que a metodologia empregada na correção das redações contempla recurso de ofício.
Será atribuída nota zero à redação: que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo; sem texto escrito na folha de redação, que será considerada "em branco"; com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "texto insuficiente"; Linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "anulada".
Os resultados Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados na página do Inep até o terceiro dia útil seguinte ao de realização das últimas provas. Os candidatos poderão acessar os resultados individuais do Enem 2011, em data a ser posteriormente divulgada, mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha no endereço eletrônico http://sistemasenem2.inep.gov.br/resultadosenem.
O Inep diz que a utilização dos resultados individuais do Enem para fins de certificação, seleção, classificação ou premiação não é de responsabilidade do Inep, mas das entidades às quais os dados serão informados pelo candidato.
O Inep não fornecerá atestados, certificados ou certidões relativas à classificação ou nota dos candidatos. De acordo com a portaria publicada no 'Diário Oficial', a inscrição do participante implica a aceitação das disposições, diretrizes e procedimentos para a edição do Enem contidas no edital. Para os adultos submetidos a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas, que incluam privação de liberdade, haverá um edital para o processo de inscrição específico.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ESPONJAS E O VÍRUS DA AIDS ???
isolou-se de uma esponja substâncias com propriedades anti-virais.
A zidovudina ou AZT (azidotimidina) é um fármaco utilizado como antiviral, inibidor da transcriptase reversa (inversa). Indicado para o tratamento da AIDS e contágio por Pneumocystis carinii. Foi uma das primeiras drogas aprovadas para o tratamento da AIDS (no Brasil) ou SIDA (em Portugal).
Atualmente é usado no tratamento de infecções por HIV, em associação com outros medicamentos anti-retrovirais, sendo neste último país um medicamento de uso exclusivo hospitalar. Sua fórmula química é: C10H13N5O4
terça-feira, 17 de maio de 2011
REVISÃO 1º ANO B -ANGLO
OLÁ PESSOAL,ESTUDANDO POR ESSA REVISÃO VOCÊS FARÃO UMA BOA PROVA
PEÇO QUE AVISEM AOS QUE FALTARAM E DIVULGUE O MATERIAL PARA QUEM NÃO PODE TER ACESSO A INTERNET,MAS LEMBREM QUE TEM ANOTAÇÕES NO CADERNO.
Antes de tudo,LEMBREM DE ORGANELAS COMO RIBOSSOMOS QUE FAZEM A PRODUÇÃO OU SÍNTESE PROTÉICA,OS LISOSSOMOS QUE REALIZAM A DIGESTÃO CELULAR E O APARELHO DE GOLGI QUE REALIZA AS FUNÇÕES DE : EMPACOTAMENTO DE SUBSTÂNCIAS,SECREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS,PRODUÇÃO DO ACROSSOMA DO ESPERMATOZÓIDE E A LAMELA MÉDIA QUE DIVIDE CÉLULAS AO MEIO NO MOMENTO DAS DIVISÕES CELULARES.
ÁCIDOS NUCLÉICOS
Os ácidos nucléicos são as moléculas "mestras" dos organismos,se destacam o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico) que realizam a síntese de proteína e armazenar informaçãos que costumamos chamar de genes.
A estrutura básica de um ácido nucléico é o NUCLEOTÍDEO. Um NUCLEOTÍDEO é formado por uma PENTOSE ( RIBOSE no RNA ou DESOXIRRIBOSE no DNA) ,um GRUPO FOSFATO e a BASE NITROGENADA (A= ADENINA, G= GUANINA, C= CITOSINA, T= TIMINA, U= URACILA).
BASES PÚRICAS DO DNA: A e G
BASES PIRIMÍDICAS DO DNA: C e T
A DIFERENÇA BÁSICA ENTRE O DNA E O RNA SÃO:
* DNA:
DUPLA FITA,POSSUI BASES NITOGENADAS : A,G,C e T, A PENTOSE É A DESORRIBOSE
* RNA:
FITA ÚNICA,POSSUI BASES NITROGENADAS: A, G, C e U ( no RNA troca-se a TIMINA (T) por U (uracila).A PENTOSE É A RIBOSE.
CÁLCULOS:
LEMBREM: NO DNA, A ADENINA SE LIGA A TIMINA POR 2 PONTES DE HIDROGÊNIO ( A=T) E GUANINA SE LIGA COM CITOSINA POR 3 PONTES DE HIDROGÊNIO (G=_C)
E NO RNA : A ADENINA SE LIGA A URACILA (A=U) E GUANINA SE LIGA COM CITOSINA POR 3 PONTES DE HIDROGÊNIO (G=_C)
PEÇO QUE AVISEM AOS QUE FALTARAM E DIVULGUE O MATERIAL PARA QUEM NÃO PODE TER ACESSO A INTERNET,MAS LEMBREM QUE TEM ANOTAÇÕES NO CADERNO.
Antes de tudo,LEMBREM DE ORGANELAS COMO RIBOSSOMOS QUE FAZEM A PRODUÇÃO OU SÍNTESE PROTÉICA,OS LISOSSOMOS QUE REALIZAM A DIGESTÃO CELULAR E O APARELHO DE GOLGI QUE REALIZA AS FUNÇÕES DE : EMPACOTAMENTO DE SUBSTÂNCIAS,SECREÇÃO DE SUBSTÂNCIAS,PRODUÇÃO DO ACROSSOMA DO ESPERMATOZÓIDE E A LAMELA MÉDIA QUE DIVIDE CÉLULAS AO MEIO NO MOMENTO DAS DIVISÕES CELULARES.
ÁCIDOS NUCLÉICOS
Os ácidos nucléicos são as moléculas "mestras" dos organismos,se destacam o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico) que realizam a síntese de proteína e armazenar informaçãos que costumamos chamar de genes.
A estrutura básica de um ácido nucléico é o NUCLEOTÍDEO. Um NUCLEOTÍDEO é formado por uma PENTOSE ( RIBOSE no RNA ou DESOXIRRIBOSE no DNA) ,um GRUPO FOSFATO e a BASE NITROGENADA (A= ADENINA, G= GUANINA, C= CITOSINA, T= TIMINA, U= URACILA).
BASES PÚRICAS DO DNA: A e G
BASES PIRIMÍDICAS DO DNA: C e T
A DIFERENÇA BÁSICA ENTRE O DNA E O RNA SÃO:
* DNA:
DUPLA FITA,POSSUI BASES NITOGENADAS : A,G,C e T, A PENTOSE É A DESORRIBOSE
* RNA:
FITA ÚNICA,POSSUI BASES NITROGENADAS: A, G, C e U ( no RNA troca-se a TIMINA (T) por U (uracila).A PENTOSE É A RIBOSE.
CÁLCULOS:
LEMBREM: NO DNA, A ADENINA SE LIGA A TIMINA POR 2 PONTES DE HIDROGÊNIO ( A=T) E GUANINA SE LIGA COM CITOSINA POR 3 PONTES DE HIDROGÊNIO (G=_C)
E NO RNA : A ADENINA SE LIGA A URACILA (A=U) E GUANINA SE LIGA COM CITOSINA POR 3 PONTES DE HIDROGÊNIO (G=_C)
LOGO AS QUANTIDADES DE CADA LETRA (BASE) TÊM QUE SER CORRESPONDENTES,ISTO É, IGUAIS E QUE A SOMA DAS PORCENTAGENS DAS QUATRO BASES (A,G,C e T) DEVE SER 100%.
EXEMPLO: "EM UMA AMOSTRA DE DE DNA,VERIFICOU-SE QUE HÁ 22,5% DE GUANINA (G).QUAL A PORCENTAGEM DAS OUTRAS BASES?
C=
A=
T=
RESPOSTA:
SE GUANINA TEM 22,5% ,ENTÃO A LETRA QUE SELIGAR A ELA TAMBÉM TERÁ A MESMA PORCENTAGEM. " G SE LIGA COM C" LOGO , C TAMBÉM TERÁ 22,5 %.
AO SOMARMOS 22,5% DE UMA COM 22,5% DA OUTRA TEREMOS 45% FALTANDO ENTÃO 55% PARA AS OUTRAS DUAS ( A e T). AÍ ,É SÓ DIVIDIR 55% POR 2 = 27,5% PARA CADA UMA.
G= 22,5%
C= 22,5%
A= 27,5%
T=27,5%
BONS ESTUDOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
FOTOSSÍNTESE
1) A bioenergética estuda os processos de síntese ou produção de elementos orgânicos pelos seres vivos e a produção de energia. Dentre esses processos se destacam a fermentação, a fotossíntese e a respiração celular. Assinale a opção que contém apenas informações corretas sobre a fotossíntese.
Cloroplasto.
a) A fase clara produz gás carbônico e gasta oxigênio
a) A fase clara produz gás carbônico e gasta oxigênio
b) A fase clara acontece nas mitocôndrias e a escura nos cloroplastos.
c) A fase clara ocorre nas membranas do tilacóide e produz NADP e ATP que serão utilizados pela fase escura ,no estroma, para produzir carboidratos.
d) A fase escura ocorre nos tilacóides e a clara no citoplasma
.e) O gás oxigênio liberado na fotossíntese vem da quebra do CO2.
c) A fase clara ocorre nas membranas do tilacóide e produz NADP e ATP que serão utilizados pela fase escura ,no estroma, para produzir carboidratos.
d) A fase escura ocorre nos tilacóides e a clara no citoplasma
.e) O gás oxigênio liberado na fotossíntese vem da quebra do CO2.
terça-feira, 10 de maio de 2011
AIDS
HIV/AIDS
Em todo o mundo a disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV)
continua em ritmo alarmente. Essa pandemia criou um impacto dramático e
freqneutemente devastador em muitos países. Embora muito se tenha aprendido
sobre essa doença, os pesquisadores não têm previsão de cura no futuro imediato,
prevendo-se que seja crescente o número de indivíduos infectados pelo HIV.
Na primavera de 1981 o CDC recebeu muitos relatos de casos de homossexuais
masculinos com pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e sarcoma de Kaposi.
Inicialmente não havia qualquer causa aparente para a imunossupressão nesses
indivíduos e o CDC denominou a afecção síndrome de imunodeficiência adquirida
(AIDS). Pouco tempo depois o CDC também definou a AIDS: "qualquer doença,
como PPC ou sarcoma de Kaposi, que indique um defeito da imunidade celular em
indivíduo que não tem causa documentada de imunodeficiência". As pesquisas
subsequentes identificaram o HIV como agente causal da AIDS e o CDC revisou a
definição de vigilância para incluir o teste sorológico positivo para HIV. Em 1987 a
definição de AIDS foi revisada para incluir o diagnóstico presuntivo de diversas
afecções, a saber, PPC, sarcoma de Kaposi, candidíase esofágica e toxoplasmose
cerebral. Também foram acrescentadas à lista de definição de AIDS a encefalopatia
e a síndrome consumptiva. Em 1993 o CDC expandiu a definição de AIDS para
incluir pacientes com contagem de CD4 menor que 200 células/mm3. Também
foram acrescentadas três condições clínicas novas - pneumo- nia bacteriana
recidivante, tuberculose pulmonar e câncer cervical invasivo. Essa classificação
mais recente classifica os pacientes com base na contagem de CD4 e nas
características clínicas.
Epidemiologia
Globalmente estima-se que mais de 14 milhões de pessoas estão infectadas por
HIV. Até o ano 2000 as projeções indicam que entre 38 e 108 milhões de pessoas
estarão infectadas por HIV. Atualmente 80% dos casos de AIDS ocorrem em países
em desenvolvimento, usualmente em regiões com recursos limitados para
tratamento e prevenção. A África ainda possui a maior população de indivíduos
infectados, com índices de infecção atuais 10% maiores que os da população geral
em algumas regiões do nosso continente. As projeções indicam que ocorrerá um
aumento dramático no número de casos de AIDS no sudeste e no sul de Ásia e na
Índia. Em regiões fora dos EUA e da Europa predomina a transmissão
heterossexual do HIV, com índices masculino/feminino aproximadamente 1:1. Em
contraste, a homossexualidade masculina e o uso de drogas injetáveis são
responsáveis pela maior parte dos casos nos EUA e na Europa.
Em quase todas as
regiões do globo o HIV-1 predomina como vírus causador da AIDS. O HIV-2, que
também causa AIDS, predomina no oeste da África. Embora o HIV-1 e HIV-2
tenham produtos gênicos e modos de transmissão semelhantes, parece que o HIV-
2 é menos virulento, com progressão clínica mais lenta. Até abril de 1992 havia
menos de 40 casos de infecçào por HIV-2 nos EUA, todos identificados em
indivíduos que haviam vivido no oeste da África ou que tinham parceiros sexuais
oriundos dessa região.
Modos de Transmissão A transmissão do HIV ocorre principalmente através de três vias:
* Contato sexual com intercâmbio de fluídos (fluido vaginal ou sêmen);
* Intercâmbio de sangue (uso de drogas injetáveis, transfusão de derivados de sangue e ferimentos percutâneos por picada de agulhas ou de outros instrumentos pérfuro-cortantes);
* Intercâmbio perinatal de fluidos entre a mãe e a criança (gravidez, parto ou amamentação).
"Nos serviços de saúde houve relatos de infecção por HIV em indivíduos picados por agulhas com sangue contaminado e por entrada direta na corrente sanguínea através de ferimentos na pele e nas mucosas. Não foi relatado nenhum caso de transmissão por gotículas aéreas, superfícies ambientais e contato de sangue com pele sadia (íntegra). Calcula-se que o risco de infecção por HIV através de picada de agulha seja aproximadamente 0,3%, muito menor que o risco de infecção por vírus da hepatite B por exposição semelhante."
O HIV é sensível aos desinfetantes comuns como álcool, fenol, formalina, hipoclorito de sódio (água de lavanderia) e gluteraldeído. A lavagem normal de louças e roupas é suficiente para descontaminação dos utensílios de cozinha e das roupas. Qualquer outra forma de transmissão, como picada de inseto, assentos sanitários, usar a mesma toalha, ou o mesmolençol, dormir na mesma cama, estar no mesmo ônibus, nadar na mesma piscina, apertar a mão, abraçar ou beijar a pessoa infectada, é mero folclore, e não possui nenhuma base científica.
Patogenia Muitos laboratórios de pesquisa confirmaram que o HIV, membro da sub-família de retrovírus humanos lentos, é de fato a causa da AIDS. O HIV, como os outros retrovírus humanos, contém transcriptase reversa, uma enzima que permite a transcrição do RNA viral em DNA. Esse processo também permite que o DNAS neoformado seja incorporado no genoma da célula hospedeira.
formando, assim, um vírion HIV completo. Embora a ligação do HIV aos linfócitos CD4 auxiliadores O HIV adere preferencialmente em células com proteína CD4 nasuperfície: linfócitos CD4+ (T4), monócitos e células da microglia. Logo após a adesão do HIV na proteína CD4 ocorrem complexas mudanças de conformação que culminam na fusão das membranas do vírus e do hospedeiro. Após esse processo, o núcleo viral entra na célula e a transcriptase reversa transforma o RNA viral simples em DNA viral, que, por sua vez, se integra no DNA do hospedeiro. Esse DNA integrado, chamado provírus, pode ficar latente ou reativar-se intermitentemente. Durante o processo de reativação, a célula hospedeira transcreve o DNA proviral em RNA mensageiro, seguindo-se a transcrição do RNA viral em proteínas virais. Essas proteínas são então clivadas e montadas em um vírion incompleto que finalmente é eliminado da célula. Durante o processo de eliminação, o vírion incompleto é revestido com componentes da membrana do hospedeiro, provavelmente seja uma etapa crítica na imunopatogenia da infecção, o mecanismo exato pelo qual o HIV depleta gradativamente essas células ainda é desconhecido. Supõe-se que as células CD4 sejam destruídas através da combinação da infecção direta to HIV e por processos imunológicos indiretos. As células CD4 diminuem em média até
50-80 células/mm3 por ano e essa depleção tem efeito adverso profundo no sistema imunológico, que se caracteriza principalmente por intensa diminuição de resposta a uma grande variedade de patógenos e a tumores malignos. A contagem de células CD4 atualmente tem amplo uso na clínica como marcador geral da imunocompetência dos indivíduos infectados pelo HIV. O HIV também tem efeitos marcantes em outras células T do sistema imunológico, especialmente as CD8 (T8). A relação CD4/CD8, normalmente em torno de 2:1, diminui gradativamente na infecção pelo HIV, inicialmente pelo aumento de células CD8 e depois principalmente pela diminuição intensa de células CD4.
Testes que mais caem em provas: ELISA ou EIA e o Western Blot
Os Testes Sorológicos Os métodos mais comuns para diagnóstico de infecção por HIV são os testes sorológicos. O ensaio de imunoabsorção por ligação enzimática (ELISA ou EIA), que habitualmente se positiva 3 meses após a infecção (e quase sempre após 6 meses), ainda é o teste sorológico mais usado. A sensibilidade dos testes de ELISA comerciais varia de 93,4% a 99,6%, com especificidade entre 99,2% e 99,8%. Em populações com baixa prevalência de infecção, a especificidade de 99,8% não é valor 100% preditivo para o teste positivo, podendo ocorrer falso-positivo. Por esse motivo, o teste de Western Blot, que tem especificidade muito maior que o ELISA, é usado como exame confirmatório. O Western Blot pode identificar especificamente a presença de proteínas (faixas de anticorpos). Outros métodos usados para detecção de infecção por HIV são a cultura, a detecção direta de antígenos do HIV e o exame de PCR. Agora existem testes rápidos utilizados como parâmetro para o início de quimioprofilaxia contra o HIV, em situações de urgência em que profissionais de saúde se expõem a material biológico. Manifestações Clínicas Os indivíduos com infecção por HIV desenvolvem um grande número de doenças resultantes da imunossupressão induzida pelo vírus. Após a doença aguda por HIV, predominam as doenças orais e cutâneas nos pacientes na fase inicial (CD4+ > 500 cél/mm3) e na fase média da doença (CD4+ entre 200 e 500 cél/mm3). Subsequentemente, nos últimos estágios da infecção por HIV (CD4+ <200 cél/mm3), os pacientes frequentemente apresentam infecções oportunistas e/ou tumores malignos que acometem mais comumente os sistemas respiratório, gastrointestinal e o SNC (sistema nervoso central). Os pacientes frequentemente se apresentam com múltiplos problemas clínicos, especialmente aqueles nos estágios finais da doença. Após a infecção aguda por HIV, estima-se que 30-50% dos indivíduos apresentam manifestações clínicas que tipicamente surgem 2-4 semanas após a contaminação. Os sintomas e sinais, frequentemente descritos como semelhantes aos da mononucleose, são caracterizados por febre, exantema, dor de garganta e linfadenopatia. Outros sinais e sintomas incluem mialgia, cefaléia, ulcerações de mucosas (oral, vaginal e peniana), paralisia facial e hepatoesplenomegalia. Geralmente esse quadro agudo dura 1-2 semanas. Depois desse período o número de células CD4 cai transitoriamente, seguindo-se um aumento rápido no número de células CD8+. Presumivelmente a intensa resposta de CD8 tem papel importante no controle inicial da infecção aguda por HIV. O diagnóstico de infecção por HIV, com teste negativo para anticorpos, usualmente é confirmado pelo teste positivo de antígeno p24.
Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas relatados e verificados em pacientes já doentes de AIDS são:
* Perda de peso sem motivo aparente (geralmente o paciente perde cerca de 10% do seu peso corpóreo)
* Escamações na pele - pacientes sintomáticos (que já apresentam sintomas da AIDS) geralmente apresentam uma escamação denominada por dermatite seborréica, que pode localizar-se em pontos específicos ou infestar o corpo. Coça e escama permanentemente.
* Suores noturnos
* Cansaço constante
* Falta de apetite
* Diarréia crônica - diarréia forte por mais de 1 mês
* Febre - mais de 38ºC de febre por período igual ou maior a 1 mês Mulheres e HIV Embora haja poucas pesquisas sobre o papel do gênero na evolução clínica da infecção pr HIV, os dados disponíveis sugerem que os sintomas, os achados laboratoriais e a sobrevida são semelhantes em ambos os sexos. Os padrões de infecções oportunistas também parecem ser semalhantes, com duas exceções: nas mulheres a candidíase esofagiana é mais frequente e o sarcoma de Kaposi menos frequente. Na maioria das regiões pandêmicas as mulheres tendem a ser mais jovens, menos favorecidas socialmente e a fazer parte das etnias hispânica e africana. Muitas mulheres infectadas por HIV têm filhos e com frequência são mães de família solterias, vivendo com outros membros da família HIV-positivos. Essas diferenças sócio-econômicas dificultam o acesso aos serviços de saúde e podem aumentar a morbidade e a mortalidade.
A infecção por HIV pode afetar a gravidez em diferentes estágios da sua evolução. A frequência, a gravidade e a resposta ao tratamento de muitos problemas ginecológicos podem ter relação com a magnitude da imunossupressão. Qualquer que seja o estágio da evolução da infecção por HIV, assegura-se às mulheres infectadas o diagnóstico precoce, a intervenção necessária e o tratamento agressivo de problemas ginecológicos. As mulheres infectadas por HIV têm índices mais altos de HPV e displasia cervical. Além disso, o carcinoma cervical invasivo foi recentemente acrescentado às doenças definidoras de AIDS. O Papanicolaou é recomendado a cada 6 meses para detecção precoce de anomalias cervicais, com seguimento e biópsia dos casos anormais. As verrugas genitais e o condiloma acuminado também são causados por HPV e têm sido ligados à displasia cervical. As verrugas também podem se transformar em lesões extensas e refratárias ao tratamento. Os condilomas do colo uterino usualmente são assintomáticos e visíveis à colcoscopia. O efeito do HIV na gravidez ainda é desconhecido. Os filhos de mulheres infectadas podem se infectar ainda no útero, durante o parto e através do aleitamento materno. As estimativas dos índices de transmissão de HIV variam de 13% a 30%, com índices maiores nos países em desenvolvimento. Quando a sorologia positiva para HIV é diagnosticada precocemente, a mulher pode
fazer uso do AZT como profilaxia, com o objetivo de reduzir as chances de dar à luz uma criança infectada pelo HIV. O AZT cápsulas durante a gestação e o AZT injetável durante o parto reduzem em 80% as possibilidades de a mãe infectar seu filho. O HIV pode causar o aborto expontâneo do feto, ou causar lesões de ordem cardíaca, respiratória ou neurológica no bebê, e levá-lo precocemente à morte. Tratamento Atualmente a AIDS possui tratamento. Dependendo do estágio em que a doença se encontra e do início da terapia, é possível que o pacientes doente de AIDS volte ao estágio de assintomático, não apresentando mais nenhum sintoma da doença. Isto é conseguido através da terapia anti-retroviral, que se utiliza de duas ou mais drogas em associação para inibição dos principais ciclos de replicação do vírus. Esta associação é conhecida comumente como Coquetel, mas no meio médico é chamada de Terapia Tríplice. Até a presente data, existem várias drogas utilizadas nas terapias anti-retrovirais em pacientes portadores de HIV/AIDS (em verdade há mais outras drogas já desenvolvidas e disponíveis no mercado, mas que não foram adotadas pelo Ministério da Saúde). Estas drogas se dividem em dois principais grupos: Inibidores da Transcriptase Reversa e Inibidores da Protease. Essas drogas são distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde. São elas:
* AZT
* Didanosina
* Zalcitabina
* Lamivudina
* Biovir (AZT+Lamivudina)
* Estavudina
* Indinavir
* Saquinavir
* Ritonavir
* Nelfinavir
* Nevirapina
* Delavirdina
* Efavirenz
* Agenerase
A terapia consta de 3 ou mais drogas associadas. O paciente não se utiliza de todas drogas de uma vez só. Seus efeitos colaterais são muito fortes, o que muitas vezes força os pacientes alternar de terapia para sua melhor adaptação e resposta ao tratamento. O custo do tratamento com anti-retrovirais é muito elevado. Anualmente, o Ministério da Saúde gasta milhões na aquisição destes medicamentos. Justamente em virtude deste alto custo, o Brasil comprou a tecnologia para fabricação dos anti-retrovirais aqui mesmo no país, barateando, assim, o custo de um tratamento. Hoje o Brasil já produz algumas das drogas existentes para distribuição na rede pública, e em breve estará doando este Know How a países menos favorecidos, como os da África. Fonte: Atlas de Doenças Sexualmente Transmissíveis - Segunda Edição Stephen A Morse Adele A Moreland King
Em todo o mundo a disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV)
continua em ritmo alarmente. Essa pandemia criou um impacto dramático e
freqneutemente devastador em muitos países. Embora muito se tenha aprendido
sobre essa doença, os pesquisadores não têm previsão de cura no futuro imediato,
prevendo-se que seja crescente o número de indivíduos infectados pelo HIV.
- Classificação
Na primavera de 1981 o CDC recebeu muitos relatos de casos de homossexuais
masculinos com pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e sarcoma de Kaposi.
Inicialmente não havia qualquer causa aparente para a imunossupressão nesses
indivíduos e o CDC denominou a afecção síndrome de imunodeficiência adquirida
(AIDS). Pouco tempo depois o CDC também definou a AIDS: "qualquer doença,
como PPC ou sarcoma de Kaposi, que indique um defeito da imunidade celular em
indivíduo que não tem causa documentada de imunodeficiência". As pesquisas
subsequentes identificaram o HIV como agente causal da AIDS e o CDC revisou a
definição de vigilância para incluir o teste sorológico positivo para HIV. Em 1987 a
definição de AIDS foi revisada para incluir o diagnóstico presuntivo de diversas
afecções, a saber, PPC, sarcoma de Kaposi, candidíase esofágica e toxoplasmose
cerebral. Também foram acrescentadas à lista de definição de AIDS a encefalopatia
e a síndrome consumptiva. Em 1993 o CDC expandiu a definição de AIDS para
incluir pacientes com contagem de CD4 menor que 200 células/mm3. Também
foram acrescentadas três condições clínicas novas - pneumo- nia bacteriana
recidivante, tuberculose pulmonar e câncer cervical invasivo. Essa classificação
mais recente classifica os pacientes com base na contagem de CD4 e nas
características clínicas.
Epidemiologia
Globalmente estima-se que mais de 14 milhões de pessoas estão infectadas por
HIV. Até o ano 2000 as projeções indicam que entre 38 e 108 milhões de pessoas
estarão infectadas por HIV. Atualmente 80% dos casos de AIDS ocorrem em países
em desenvolvimento, usualmente em regiões com recursos limitados para
tratamento e prevenção. A África ainda possui a maior população de indivíduos
infectados, com índices de infecção atuais 10% maiores que os da população geral
em algumas regiões do nosso continente. As projeções indicam que ocorrerá um
aumento dramático no número de casos de AIDS no sudeste e no sul de Ásia e na
Índia. Em regiões fora dos EUA e da Europa predomina a transmissão
heterossexual do HIV, com índices masculino/feminino aproximadamente 1:1. Em
contraste, a homossexualidade masculina e o uso de drogas injetáveis são
responsáveis pela maior parte dos casos nos EUA e na Europa.
Em quase todas as
regiões do globo o HIV-1 predomina como vírus causador da AIDS. O HIV-2, que
também causa AIDS, predomina no oeste da África. Embora o HIV-1 e HIV-2
tenham produtos gênicos e modos de transmissão semelhantes, parece que o HIV-
2 é menos virulento, com progressão clínica mais lenta. Até abril de 1992 havia
menos de 40 casos de infecçào por HIV-2 nos EUA, todos identificados em
indivíduos que haviam vivido no oeste da África ou que tinham parceiros sexuais
oriundos dessa região.
Modos de Transmissão A transmissão do HIV ocorre principalmente através de três vias:
* Contato sexual com intercâmbio de fluídos (fluido vaginal ou sêmen);
* Intercâmbio de sangue (uso de drogas injetáveis, transfusão de derivados de sangue e ferimentos percutâneos por picada de agulhas ou de outros instrumentos pérfuro-cortantes);
* Intercâmbio perinatal de fluidos entre a mãe e a criança (gravidez, parto ou amamentação).
"Nos serviços de saúde houve relatos de infecção por HIV em indivíduos picados por agulhas com sangue contaminado e por entrada direta na corrente sanguínea através de ferimentos na pele e nas mucosas. Não foi relatado nenhum caso de transmissão por gotículas aéreas, superfícies ambientais e contato de sangue com pele sadia (íntegra). Calcula-se que o risco de infecção por HIV através de picada de agulha seja aproximadamente 0,3%, muito menor que o risco de infecção por vírus da hepatite B por exposição semelhante."
O HIV é sensível aos desinfetantes comuns como álcool, fenol, formalina, hipoclorito de sódio (água de lavanderia) e gluteraldeído. A lavagem normal de louças e roupas é suficiente para descontaminação dos utensílios de cozinha e das roupas. Qualquer outra forma de transmissão, como picada de inseto, assentos sanitários, usar a mesma toalha, ou o mesmolençol, dormir na mesma cama, estar no mesmo ônibus, nadar na mesma piscina, apertar a mão, abraçar ou beijar a pessoa infectada, é mero folclore, e não possui nenhuma base científica.
Patogenia Muitos laboratórios de pesquisa confirmaram que o HIV, membro da sub-família de retrovírus humanos lentos, é de fato a causa da AIDS. O HIV, como os outros retrovírus humanos, contém transcriptase reversa, uma enzima que permite a transcrição do RNA viral em DNA. Esse processo também permite que o DNAS neoformado seja incorporado no genoma da célula hospedeira.
formando, assim, um vírion HIV completo. Embora a ligação do HIV aos linfócitos CD4 auxiliadores O HIV adere preferencialmente em células com proteína CD4 nasuperfície: linfócitos CD4+ (T4), monócitos e células da microglia. Logo após a adesão do HIV na proteína CD4 ocorrem complexas mudanças de conformação que culminam na fusão das membranas do vírus e do hospedeiro. Após esse processo, o núcleo viral entra na célula e a transcriptase reversa transforma o RNA viral simples em DNA viral, que, por sua vez, se integra no DNA do hospedeiro. Esse DNA integrado, chamado provírus, pode ficar latente ou reativar-se intermitentemente. Durante o processo de reativação, a célula hospedeira transcreve o DNA proviral em RNA mensageiro, seguindo-se a transcrição do RNA viral em proteínas virais. Essas proteínas são então clivadas e montadas em um vírion incompleto que finalmente é eliminado da célula. Durante o processo de eliminação, o vírion incompleto é revestido com componentes da membrana do hospedeiro, provavelmente seja uma etapa crítica na imunopatogenia da infecção, o mecanismo exato pelo qual o HIV depleta gradativamente essas células ainda é desconhecido. Supõe-se que as células CD4 sejam destruídas através da combinação da infecção direta to HIV e por processos imunológicos indiretos. As células CD4 diminuem em média até
50-80 células/mm3 por ano e essa depleção tem efeito adverso profundo no sistema imunológico, que se caracteriza principalmente por intensa diminuição de resposta a uma grande variedade de patógenos e a tumores malignos. A contagem de células CD4 atualmente tem amplo uso na clínica como marcador geral da imunocompetência dos indivíduos infectados pelo HIV. O HIV também tem efeitos marcantes em outras células T do sistema imunológico, especialmente as CD8 (T8). A relação CD4/CD8, normalmente em torno de 2:1, diminui gradativamente na infecção pelo HIV, inicialmente pelo aumento de células CD8 e depois principalmente pela diminuição intensa de células CD4.
Testes que mais caem em provas: ELISA ou EIA e o Western Blot
Os Testes Sorológicos Os métodos mais comuns para diagnóstico de infecção por HIV são os testes sorológicos. O ensaio de imunoabsorção por ligação enzimática (ELISA ou EIA), que habitualmente se positiva 3 meses após a infecção (e quase sempre após 6 meses), ainda é o teste sorológico mais usado. A sensibilidade dos testes de ELISA comerciais varia de 93,4% a 99,6%, com especificidade entre 99,2% e 99,8%. Em populações com baixa prevalência de infecção, a especificidade de 99,8% não é valor 100% preditivo para o teste positivo, podendo ocorrer falso-positivo. Por esse motivo, o teste de Western Blot, que tem especificidade muito maior que o ELISA, é usado como exame confirmatório. O Western Blot pode identificar especificamente a presença de proteínas (faixas de anticorpos). Outros métodos usados para detecção de infecção por HIV são a cultura, a detecção direta de antígenos do HIV e o exame de PCR. Agora existem testes rápidos utilizados como parâmetro para o início de quimioprofilaxia contra o HIV, em situações de urgência em que profissionais de saúde se expõem a material biológico. Manifestações Clínicas Os indivíduos com infecção por HIV desenvolvem um grande número de doenças resultantes da imunossupressão induzida pelo vírus. Após a doença aguda por HIV, predominam as doenças orais e cutâneas nos pacientes na fase inicial (CD4+ > 500 cél/mm3) e na fase média da doença (CD4+ entre 200 e 500 cél/mm3). Subsequentemente, nos últimos estágios da infecção por HIV (CD4+ <200 cél/mm3), os pacientes frequentemente apresentam infecções oportunistas e/ou tumores malignos que acometem mais comumente os sistemas respiratório, gastrointestinal e o SNC (sistema nervoso central). Os pacientes frequentemente se apresentam com múltiplos problemas clínicos, especialmente aqueles nos estágios finais da doença. Após a infecção aguda por HIV, estima-se que 30-50% dos indivíduos apresentam manifestações clínicas que tipicamente surgem 2-4 semanas após a contaminação. Os sintomas e sinais, frequentemente descritos como semelhantes aos da mononucleose, são caracterizados por febre, exantema, dor de garganta e linfadenopatia. Outros sinais e sintomas incluem mialgia, cefaléia, ulcerações de mucosas (oral, vaginal e peniana), paralisia facial e hepatoesplenomegalia. Geralmente esse quadro agudo dura 1-2 semanas. Depois desse período o número de células CD4 cai transitoriamente, seguindo-se um aumento rápido no número de células CD8+. Presumivelmente a intensa resposta de CD8 tem papel importante no controle inicial da infecção aguda por HIV. O diagnóstico de infecção por HIV, com teste negativo para anticorpos, usualmente é confirmado pelo teste positivo de antígeno p24.
Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas relatados e verificados em pacientes já doentes de AIDS são:
* Perda de peso sem motivo aparente (geralmente o paciente perde cerca de 10% do seu peso corpóreo)
* Escamações na pele - pacientes sintomáticos (que já apresentam sintomas da AIDS) geralmente apresentam uma escamação denominada por dermatite seborréica, que pode localizar-se em pontos específicos ou infestar o corpo. Coça e escama permanentemente.
* Suores noturnos
* Cansaço constante
* Falta de apetite
* Diarréia crônica - diarréia forte por mais de 1 mês
* Febre - mais de 38ºC de febre por período igual ou maior a 1 mês Mulheres e HIV Embora haja poucas pesquisas sobre o papel do gênero na evolução clínica da infecção pr HIV, os dados disponíveis sugerem que os sintomas, os achados laboratoriais e a sobrevida são semelhantes em ambos os sexos. Os padrões de infecções oportunistas também parecem ser semalhantes, com duas exceções: nas mulheres a candidíase esofagiana é mais frequente e o sarcoma de Kaposi menos frequente. Na maioria das regiões pandêmicas as mulheres tendem a ser mais jovens, menos favorecidas socialmente e a fazer parte das etnias hispânica e africana. Muitas mulheres infectadas por HIV têm filhos e com frequência são mães de família solterias, vivendo com outros membros da família HIV-positivos. Essas diferenças sócio-econômicas dificultam o acesso aos serviços de saúde e podem aumentar a morbidade e a mortalidade.
A infecção por HIV pode afetar a gravidez em diferentes estágios da sua evolução. A frequência, a gravidade e a resposta ao tratamento de muitos problemas ginecológicos podem ter relação com a magnitude da imunossupressão. Qualquer que seja o estágio da evolução da infecção por HIV, assegura-se às mulheres infectadas o diagnóstico precoce, a intervenção necessária e o tratamento agressivo de problemas ginecológicos. As mulheres infectadas por HIV têm índices mais altos de HPV e displasia cervical. Além disso, o carcinoma cervical invasivo foi recentemente acrescentado às doenças definidoras de AIDS. O Papanicolaou é recomendado a cada 6 meses para detecção precoce de anomalias cervicais, com seguimento e biópsia dos casos anormais. As verrugas genitais e o condiloma acuminado também são causados por HPV e têm sido ligados à displasia cervical. As verrugas também podem se transformar em lesões extensas e refratárias ao tratamento. Os condilomas do colo uterino usualmente são assintomáticos e visíveis à colcoscopia. O efeito do HIV na gravidez ainda é desconhecido. Os filhos de mulheres infectadas podem se infectar ainda no útero, durante o parto e através do aleitamento materno. As estimativas dos índices de transmissão de HIV variam de 13% a 30%, com índices maiores nos países em desenvolvimento. Quando a sorologia positiva para HIV é diagnosticada precocemente, a mulher pode
fazer uso do AZT como profilaxia, com o objetivo de reduzir as chances de dar à luz uma criança infectada pelo HIV. O AZT cápsulas durante a gestação e o AZT injetável durante o parto reduzem em 80% as possibilidades de a mãe infectar seu filho. O HIV pode causar o aborto expontâneo do feto, ou causar lesões de ordem cardíaca, respiratória ou neurológica no bebê, e levá-lo precocemente à morte. Tratamento Atualmente a AIDS possui tratamento. Dependendo do estágio em que a doença se encontra e do início da terapia, é possível que o pacientes doente de AIDS volte ao estágio de assintomático, não apresentando mais nenhum sintoma da doença. Isto é conseguido através da terapia anti-retroviral, que se utiliza de duas ou mais drogas em associação para inibição dos principais ciclos de replicação do vírus. Esta associação é conhecida comumente como Coquetel, mas no meio médico é chamada de Terapia Tríplice. Até a presente data, existem várias drogas utilizadas nas terapias anti-retrovirais em pacientes portadores de HIV/AIDS (em verdade há mais outras drogas já desenvolvidas e disponíveis no mercado, mas que não foram adotadas pelo Ministério da Saúde). Estas drogas se dividem em dois principais grupos: Inibidores da Transcriptase Reversa e Inibidores da Protease. Essas drogas são distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde. São elas:
* AZT
* Didanosina
* Zalcitabina
* Lamivudina
* Biovir (AZT+Lamivudina)
* Estavudina
* Indinavir
* Saquinavir
* Ritonavir
* Nelfinavir
* Nevirapina
* Delavirdina
* Efavirenz
* Agenerase
A terapia consta de 3 ou mais drogas associadas. O paciente não se utiliza de todas drogas de uma vez só. Seus efeitos colaterais são muito fortes, o que muitas vezes força os pacientes alternar de terapia para sua melhor adaptação e resposta ao tratamento. O custo do tratamento com anti-retrovirais é muito elevado. Anualmente, o Ministério da Saúde gasta milhões na aquisição destes medicamentos. Justamente em virtude deste alto custo, o Brasil comprou a tecnologia para fabricação dos anti-retrovirais aqui mesmo no país, barateando, assim, o custo de um tratamento. Hoje o Brasil já produz algumas das drogas existentes para distribuição na rede pública, e em breve estará doando este Know How a países menos favorecidos, como os da África. Fonte: Atlas de Doenças Sexualmente Transmissíveis - Segunda Edição Stephen A Morse Adele A Moreland King
AIDS
HIV/AIDS
Em todo o mundo a disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV)
continua em ritmo alarmente. Essa pandemia criou um impacto dramático e
freqneutemente devastador em muitos países. Embora muito se tenha aprendido
sobre essa doença, os pesquisadores não têm previsão de cura no futuro imediato,
prevendo-se que seja crescente o número de indivíduos infectados pelo HIV.
Classificação
Na primavera de 1981 o CDC recebeu muitos relatos de casos de homossexuais
masculinos com pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e sarcoma de Kaposi.
Inicialmente não havia qualquer causa aparente para a imunossupressão nesses
indivíduos e o CDC denominou a afecção síndrome de imunodeficiência adquirida
(AIDS). Pouco tempo depois o CDC também definou a AIDS: "qualquer doença,
como PPC ou sarcoma de Kaposi, que indique um defeito da imunidade celular em
indivíduo que não tem causa documentada de imunodeficiência". As pesquisas
subsequentes identificaram o HIV como agente causal da AIDS e o CDC revisou a
definição de vigilância para incluir o teste sorológico positivo para HIV. Em 1987 a
definição de AIDS foi revisada para incluir o diagnóstico presuntivo de diversas
afecções, a saber, PPC, sarcoma de Kaposi, candidíase esofágica e toxoplasmose
cerebral. Também foram acrescentadas à lista de definição de AIDS a encefalopatia
e a síndrome consumptiva. Em 1993 o CDC expandiu a definição de AIDS para
incluir pacientes com contagem de CD4 menor que 200 células/mm3. Também
foram acrescentadas três condições clínicas novas - pneumo- nia bacteriana
recidivante, tuberculose pulmonar e câncer cervical invasivo. Essa classificação
mais recente classifica os pacientes com base na contagem de CD4 e nas
características clínicas.
Epidemiologia
Globalmente estima-se que mais de 14 milhões de pessoas estão infectadas por
HIV. Até o ano 2000 as projeções indicam que entre 38 e 108 milhões de pessoas
estarão infectadas por HIV. Atualmente 80% dos casos de AIDS ocorrem em países
em desenvolvimento, usualmente em regiões com recursos limitados para
tratamento e prevenção. A África ainda possui a maior população de indivíduos
infectados, com índices de infecção atuais 10% maiores que os da população geral
em algumas regiões do nosso continente. As projeções indicam que ocorrerá um
aumento dramático no número de casos de AIDS no sudeste e no sul de Ásia e na
Índia. Em regiões fora dos EUA e da Europa predomina a transmissão
heterossexual do HIV, com índices masculino/feminino aproximadamente 1:1. Em
contraste, a homossexualidade masculina e o uso de drogas injetáveis são
responsáveis pela maior parte dos casos nos EUA e na Europa. Em quase todas as
regiões do globo o HIV-1 predomina como vírus causador da AIDS. O HIV-2, que
também causa AIDS, predomina no oeste da África. Embora o HIV-1 e HIV-2
tenham produtos gênicos e modos de transmissão semelhantes, parece que o HIV-
2 é menos virulento, com progressão clínica mais lenta. Até abril de 1992 havia
menos de 40 casos de infecçào por HIV-2 nos EUA, todos identificados em
indivíduos que haviam vivido no oeste da África ou que tinham parceiros sexuais
oriundos dessa região. Modos de Transmissão A transmissão do HIV ocorre principalmente através de três vias: * Contato sexual com intercâmbio de fluídos (fluido vaginal ou sêmen); * Intercâmbio de sangue (uso de drogas injetáveis, transfusão de derivados de sangue e ferimentos percutâneos por picada de agulhas ou de outros instrumentos pérfuro-cortantes); * Intercâmbio perinatal de fluidos entre a mãe e a criança (gravidez, parto ou amamentação). Não há evidências que sugiram a transmissão do HIV por contato íntimo não-sexual, por via aérea, por picada de insetos, pela água e pela manipulação de alimentos. Na maioria das regiões do globo predomina a transmissão por contato sexual. Assim, o principal meio de evitar a propagação do HIV são os programas educativos que promovem o "sexo seguro" entre heterossexuais e homossexuais. Outras medidas preventivas incluem orientação quanto a compartilhamento de seringas e triagem dos anticorpos anti-HIV nos derivados de sangue. Nos serviços de saúde houve relatos de infecção por HIV em indivíduos picados por agulhas com sangue contaminado e por entrada direta na corrente sanguínea através de ferimentos na pele e nas mucosas. Não foi relatado nenhum caso de transmissão por gotículas aéreas, superfícies ambientais e contato de sangue com pele sadia (íntegra). Calcula-se que o risco de infecção por HIV através de picada de agulha seja aproximadamente 0,3%, muito menor que o risco de infecção por vírus da hepatite B por exposição semelhante. O HIV é sensível aos desinfetantes comuns como álcool, fenol, formalina, hipoclorito de sódio (água de lavanderia) e gluteraldeído. A lavagem normal de louças e roupas é suficiente para descontaminação dos utensílios de cozinha e das roupas. Qualquer outra forma de transmissão, como picada de inseto, assentos sanitários, usar a mesma toalha, ou o mesmolençol, dormir na mesma cama, estar no mesmo ônibus, nadar na mesma piscina, apertar a mão, abraçar ou beijar a pessoa infectada, é mero folclore, e não possui nenhuma base científica. Patogenia Muitos laboratórios de pesquisa confirmaram que o HIV, membro da sub-família de retrovírus humanos lentos, é de fato a causa da AIDS. O HIV, como os outros retrovírus humanos, contém transcriptase reversa, uma enzima que permite a transcrição do RNA viral em DNA. Esse processo também permite que o DNAS neoformado seja incorporado no genoma da célula hospedeira. O HIV adere preferencialmente em células com proteína CD4 nasuperfície: linfócitos CD4+ (T4), monócitos e células da microglia. Logo após a adesão do HIV na proteína CD4 ocorrem complexas mudanças de conformação que culminam na fusão das membranas do vírus e do hospedeiro. Após esse processo, o núcleo viral entra na célula e a transcriptase reversa transforma o RNA viral simples em DNA viral, que, por sua vez, se integra no DNA do hospedeiro. Esse DNA integrado, chamado provírus, pode ficar latente ou reativar-se intermitentemente. Durante o processo de reativação, a célula hospedeira transcreve o DNA proviral em RNA mensageiro, seguindo-se a transcrição do RNA viral em proteínas virais. Essas proteínas são então clivadas e montadas em um vírion incompleto que finalmente é eliminado da célula. Durante o processo de eliminação, o vírion incompleto é revestido com componentes da membrana do hospedeiro, formando, assim, um vírion HIV completo. Embora a ligação do HIV aos linfócitos CD4 auxiliadores provavelmente seja uma etapa crítica na imunopatogenia da infecção, o mecanismo exato pelo qual o HIV depleta gradativamente essas células ainda é desconhecido. Supõe-se que as células CD4 sejam destruídas através da combinação da infecção direta to HIV e por processos imunológicos indiretos. As células CD4 diminuem em média até
50-80 células/mm3 por ano e essa depleção tem efeito adverso profundo no sistema imunológico, que se caracteriza principalmente por intensa diminuição de resposta a uma grande variedade de patógenos e a tumores malignos. A contagem de células CD4 atualmente tem amplo uso na clínica como marcador geral da imunocompetência dos indivíduos infectados pelo HIV. O HIV também tem efeitos marcantes em outras células T do sistema imunológico, especialmente as CD8 (T8). A relação CD4/CD8, normalmente em torno de 2:1, diminui gradativamente na infecção pelo HIV, inicialmente pelo aumento de células CD8 e depois principalmente pela diminuição intensa de células CD4. Os Testes Sorológicos Os métodos mais comuns para diagnóstico de infecção por HIV são os testes sorológicos. O ensaio de imunoabsorção por ligação enzimática (ELISA ou EIA), que habitualmente se positiva 3 meses após a infecção (e quase sempre após 6 meses), ainda é o teste sorológico mais usado. A sensibilidade dos testes de ELISA comerciais varia de 93,4% a 99,6%, com especificidade entre 99,2% e 99,8%. Em populações com baixa prevalência de infecção, a especificidade de 99,8% não é valor 100% preditivo para o teste positivo, podendo ocorrer falso-positivo. Por esse motivo, o teste de Western Blot, que tem especificidade muito maior que o ELISA, é usado como exame confirmatório. O Western Blot pode identificar especificamente a presença de proteínas (faixas de anticorpos). Outros métodos usados para detecção de infecção por HIV são a cultura, a detecção direta de antígenos do HIV e o exame de PCR. Agora existem testes rápidos utilizados como parâmetro para o início de quimioprofilaxia contra o HIV, em situações de urgência em que profissionais de saúde se expõem a material biológico. Manifestações Clínicas Os indivíduos com infecção por HIV desenvolvem um grande número de doenças resultantes da imunossupressão induzida pelo vírus. Após a doença aguda por HIV, predominam as doenças orais e cutâneas nos pacientes na fase inicial (CD4+ > 500 cél/mm3) e na fase média da doença (CD4+ entre 200 e 500 cél/mm3). Subsequentemente, nos últimos estágios da infecção por HIV (CD4+ <200 cél/mm3), os pacientes frequentemente apresentam infecções oportunistas e/ou tumores malignos que acometem mais comumente os sistemas respiratório, gastrointestinal e o SNC (sistema nervoso central). Os pacientes frequentemente se apresentam com múltiplos problemas clínicos, especialmente aqueles nos estágios finais da doença. Após a infecção aguda por HIV, estima-se que 30-50% dos indivíduos apresentam manifestações clínicas que tipicamente surgem 2-4 semanas após a contaminação. Os sintomas e sinais, frequentemente descritos como semelhantes aos da mononucleose, são caracterizados por febre, exantema, dor de garganta e linfadenopatia. Outros sinais e sintomas incluem mialgia, cefaléia, ulcerações de mucosas (oral, vaginal e peniana), paralisia facial e hepatoesplenomegalia. Geralmente esse quadro agudo dura 1-2 semanas. Depois desse período o número de células CD4 cai transitoriamente, seguindo-se um aumento rápido no número de células CD8+. Presumivelmente a intensa resposta de CD8 tem papel importante no controle inicial da infecção aguda por HIV. O diagnóstico de infecção por HIV, com teste negativo para anticorpos, usualmente é confirmado pelo teste positivo de antígeno p24.
Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas relatados e verificados em pacientes já doentes de AIDS são: * Perda de peso sem motivo aparente (geralmente o paciente perde cerca de 10% do seu peso corpóreo) * Escamações na pele - pacientes sintomáticos (que já apresentam sintomas da AIDS) geralmente apresentam uma escamação denominada por dermatite seborréica, que pode localizar-se em pontos específicos ou infestar o corpo. Coça e escama permanentemente. * Suores noturnos * Cansaço constante * Falta de apetite * Diarréia crônica - diarréia forte por mais de 1 mês * Febre - mais de 38ºC de febre por período igual ou maior a 1 mês Mulheres e HIV Embora haja poucas pesquisas sobre o papel do gênero na evolução clínica da infecção pr HIV, os dados disponíveis sugerem que os sintomas, os achados laboratoriais e a sobrevida são semelhantes em ambos os sexos. Os padrões de infecções oportunistas também parecem ser semalhantes, com duas exceções: nas mulheres a candidíase esofagiana é mais frequente e o sarcoma de Kaposi menos frequente. Na maioria das regiões pandêmicas as mulheres tendem a ser mais jovens, menos favorecidas socialmente e a fazer parte das etnias hispânica e africana. Muitas mulheres infectadas por HIV têm filhos e com frequência são mães de família solterias, vivendo com outros membros da família HIV-positivos. Essas diferenças sócio-econômicas dificultam o acesso aos serviços de saúde e podem aumentar a morbidade e a mortalidade. A infecção por HIV pode afetar a gravidez em diferentes estágios da sua evolução. A frequência, a gravidade e a resposta ao tratamento de muitos problemas ginecológicos podem ter relação com a magnitude da imunossupressão. Qualquer que seja o estágio da evolução da infecção por HIV, assegura-se às mulheres infectadas o diagnóstico precoce, a intervenção necessária e o tratamento agressivo de problemas ginecológicos. As mulheres infectadas por HIV têm índices mais altos de HPV e displasia cervical. Além disso, o carcinoma cervical invasivo foi recentemente acrescentado às doenças definidoras de AIDS. O Papanicolaou é recomendado a cada 6 meses para detecção precoce de anomalias cervicais, com seguimento e biópsia dos casos anormais. As verrugas genitais e o condiloma acuminado também são causados por HPV e têm sido ligados à displasia cervical. As verrugas também podem se transformar em lesões extensas e refratárias ao tratamento. Os condilomas do colo uterino usualmente são assintomáticos e visíveis à colcoscopia. O efeito do HIV na gravidez ainda é desconhecido. Os filhos de mulheres infectadas podem se infectar ainda no útero, durante o parto e através do aleitamento materno. As estimativas dos índices de transmissão de HIV variam de 13% a 30%, com índices maiores nos países em desenvolvimento. Quando a sorologia positiva para HIV é diagnosticada precocemente, a mulher pode
fazer uso do AZT como profilaxia, com o objetivo de reduzir as chances de dar à luz uma criança infectada pelo HIV. O AZT cápsulas durante a gestação e o AZT injetável durante o parto reduzem em 80% as possibilidades de a mãe infectar seu filho. O HIV pode causar o aborto expontâneo do feto, ou causar lesões de ordem cardíaca, respiratória ou neurológica no bebê, e levá-lo precocemente à morte. Tratamento Atualmente a AIDS possui tratamento. Dependendo do estágio em que a doença se encontra e do início da terapia, é possível que o pacientes doente de AIDS volte ao estágio de assintomático, não apresentando mais nenhum sintoma da doença. Isto é conseguido através da terapia anti-retroviral, que se utiliza de duas ou mais drogas em associação para inibição dos principais ciclos de replicação do vírus. Esta associação é conhecida comumente como Coquetel, mas no meio médico é chamada de Terapia Tríplice. Até a presente data, existem várias drogas utilizadas nas terapias anti-retrovirais em pacientes portadores de HIV/AIDS (em verdade há mais outras drogas já desenvolvidas e disponíveis no mercado, mas que não foram adotadas pelo Ministério da Saúde). Estas drogas se dividem em dois principais grupos: Inibidores da Transcriptase Reversa e Inibidores da Protease. Essas drogas são distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde. São elas: * AZT * Didanosina * Zalcitabina * Lamivudina * Biovir (AZT+Lamivudina) * Estavudina * Indinavir * Saquinavir * Ritonavir * Nelfinavir * Nevirapina * Delavirdina * Efavirenz * Agenerase A terapia consta de 3 ou mais drogas associadas. O paciente não se utiliza de todas drogas de uma vez só. Seus efeitos colaterais são muito fortes, o que muitas vezes força os pacientes alternar de terapia para sua melhor adaptação e resposta ao tratamento. O custo do tratamento com anti-retrovirais é muito elevado. Anualmente, o Ministério da Saúde gasta milhões na aquisição destes medicamentos. Justamente em virtude deste alto custo, o Brasil comprou a tecnologia para fabricação dos anti-retrovirais aqui mesmo no país, barateando, assim, o custo de um tratamento. Hoje o Brasil já produz algumas das drogas existentes para distribuição na rede pública, e em breve estará doando este Know How a países menos favorecidos, como os da África. Fonte: Atlas de Doenças Sexualmente Transmissíveis - Segunda Edição Stephen A Morse Adele A Moreland King
Em todo o mundo a disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV)
continua em ritmo alarmente. Essa pandemia criou um impacto dramático e
freqneutemente devastador em muitos países. Embora muito se tenha aprendido
sobre essa doença, os pesquisadores não têm previsão de cura no futuro imediato,
prevendo-se que seja crescente o número de indivíduos infectados pelo HIV.
Classificação
Na primavera de 1981 o CDC recebeu muitos relatos de casos de homossexuais
masculinos com pneumonia por Pneumocystis carinii (PPC) e sarcoma de Kaposi.
Inicialmente não havia qualquer causa aparente para a imunossupressão nesses
indivíduos e o CDC denominou a afecção síndrome de imunodeficiência adquirida
(AIDS). Pouco tempo depois o CDC também definou a AIDS: "qualquer doença,
como PPC ou sarcoma de Kaposi, que indique um defeito da imunidade celular em
indivíduo que não tem causa documentada de imunodeficiência". As pesquisas
subsequentes identificaram o HIV como agente causal da AIDS e o CDC revisou a
definição de vigilância para incluir o teste sorológico positivo para HIV. Em 1987 a
definição de AIDS foi revisada para incluir o diagnóstico presuntivo de diversas
afecções, a saber, PPC, sarcoma de Kaposi, candidíase esofágica e toxoplasmose
cerebral. Também foram acrescentadas à lista de definição de AIDS a encefalopatia
e a síndrome consumptiva. Em 1993 o CDC expandiu a definição de AIDS para
incluir pacientes com contagem de CD4 menor que 200 células/mm3. Também
foram acrescentadas três condições clínicas novas - pneumo- nia bacteriana
recidivante, tuberculose pulmonar e câncer cervical invasivo. Essa classificação
mais recente classifica os pacientes com base na contagem de CD4 e nas
características clínicas.
Epidemiologia
Globalmente estima-se que mais de 14 milhões de pessoas estão infectadas por
HIV. Até o ano 2000 as projeções indicam que entre 38 e 108 milhões de pessoas
estarão infectadas por HIV. Atualmente 80% dos casos de AIDS ocorrem em países
em desenvolvimento, usualmente em regiões com recursos limitados para
tratamento e prevenção. A África ainda possui a maior população de indivíduos
infectados, com índices de infecção atuais 10% maiores que os da população geral
em algumas regiões do nosso continente. As projeções indicam que ocorrerá um
aumento dramático no número de casos de AIDS no sudeste e no sul de Ásia e na
Índia. Em regiões fora dos EUA e da Europa predomina a transmissão
heterossexual do HIV, com índices masculino/feminino aproximadamente 1:1. Em
contraste, a homossexualidade masculina e o uso de drogas injetáveis são
responsáveis pela maior parte dos casos nos EUA e na Europa. Em quase todas as
regiões do globo o HIV-1 predomina como vírus causador da AIDS. O HIV-2, que
também causa AIDS, predomina no oeste da África. Embora o HIV-1 e HIV-2
tenham produtos gênicos e modos de transmissão semelhantes, parece que o HIV-
2 é menos virulento, com progressão clínica mais lenta. Até abril de 1992 havia
menos de 40 casos de infecçào por HIV-2 nos EUA, todos identificados em
indivíduos que haviam vivido no oeste da África ou que tinham parceiros sexuais
oriundos dessa região. Modos de Transmissão A transmissão do HIV ocorre principalmente através de três vias: * Contato sexual com intercâmbio de fluídos (fluido vaginal ou sêmen); * Intercâmbio de sangue (uso de drogas injetáveis, transfusão de derivados de sangue e ferimentos percutâneos por picada de agulhas ou de outros instrumentos pérfuro-cortantes); * Intercâmbio perinatal de fluidos entre a mãe e a criança (gravidez, parto ou amamentação). Não há evidências que sugiram a transmissão do HIV por contato íntimo não-sexual, por via aérea, por picada de insetos, pela água e pela manipulação de alimentos. Na maioria das regiões do globo predomina a transmissão por contato sexual. Assim, o principal meio de evitar a propagação do HIV são os programas educativos que promovem o "sexo seguro" entre heterossexuais e homossexuais. Outras medidas preventivas incluem orientação quanto a compartilhamento de seringas e triagem dos anticorpos anti-HIV nos derivados de sangue. Nos serviços de saúde houve relatos de infecção por HIV em indivíduos picados por agulhas com sangue contaminado e por entrada direta na corrente sanguínea através de ferimentos na pele e nas mucosas. Não foi relatado nenhum caso de transmissão por gotículas aéreas, superfícies ambientais e contato de sangue com pele sadia (íntegra). Calcula-se que o risco de infecção por HIV através de picada de agulha seja aproximadamente 0,3%, muito menor que o risco de infecção por vírus da hepatite B por exposição semelhante. O HIV é sensível aos desinfetantes comuns como álcool, fenol, formalina, hipoclorito de sódio (água de lavanderia) e gluteraldeído. A lavagem normal de louças e roupas é suficiente para descontaminação dos utensílios de cozinha e das roupas. Qualquer outra forma de transmissão, como picada de inseto, assentos sanitários, usar a mesma toalha, ou o mesmolençol, dormir na mesma cama, estar no mesmo ônibus, nadar na mesma piscina, apertar a mão, abraçar ou beijar a pessoa infectada, é mero folclore, e não possui nenhuma base científica. Patogenia Muitos laboratórios de pesquisa confirmaram que o HIV, membro da sub-família de retrovírus humanos lentos, é de fato a causa da AIDS. O HIV, como os outros retrovírus humanos, contém transcriptase reversa, uma enzima que permite a transcrição do RNA viral em DNA. Esse processo também permite que o DNAS neoformado seja incorporado no genoma da célula hospedeira. O HIV adere preferencialmente em células com proteína CD4 nasuperfície: linfócitos CD4+ (T4), monócitos e células da microglia. Logo após a adesão do HIV na proteína CD4 ocorrem complexas mudanças de conformação que culminam na fusão das membranas do vírus e do hospedeiro. Após esse processo, o núcleo viral entra na célula e a transcriptase reversa transforma o RNA viral simples em DNA viral, que, por sua vez, se integra no DNA do hospedeiro. Esse DNA integrado, chamado provírus, pode ficar latente ou reativar-se intermitentemente. Durante o processo de reativação, a célula hospedeira transcreve o DNA proviral em RNA mensageiro, seguindo-se a transcrição do RNA viral em proteínas virais. Essas proteínas são então clivadas e montadas em um vírion incompleto que finalmente é eliminado da célula. Durante o processo de eliminação, o vírion incompleto é revestido com componentes da membrana do hospedeiro, formando, assim, um vírion HIV completo. Embora a ligação do HIV aos linfócitos CD4 auxiliadores provavelmente seja uma etapa crítica na imunopatogenia da infecção, o mecanismo exato pelo qual o HIV depleta gradativamente essas células ainda é desconhecido. Supõe-se que as células CD4 sejam destruídas através da combinação da infecção direta to HIV e por processos imunológicos indiretos. As células CD4 diminuem em média até
50-80 células/mm3 por ano e essa depleção tem efeito adverso profundo no sistema imunológico, que se caracteriza principalmente por intensa diminuição de resposta a uma grande variedade de patógenos e a tumores malignos. A contagem de células CD4 atualmente tem amplo uso na clínica como marcador geral da imunocompetência dos indivíduos infectados pelo HIV. O HIV também tem efeitos marcantes em outras células T do sistema imunológico, especialmente as CD8 (T8). A relação CD4/CD8, normalmente em torno de 2:1, diminui gradativamente na infecção pelo HIV, inicialmente pelo aumento de células CD8 e depois principalmente pela diminuição intensa de células CD4. Os Testes Sorológicos Os métodos mais comuns para diagnóstico de infecção por HIV são os testes sorológicos. O ensaio de imunoabsorção por ligação enzimática (ELISA ou EIA), que habitualmente se positiva 3 meses após a infecção (e quase sempre após 6 meses), ainda é o teste sorológico mais usado. A sensibilidade dos testes de ELISA comerciais varia de 93,4% a 99,6%, com especificidade entre 99,2% e 99,8%. Em populações com baixa prevalência de infecção, a especificidade de 99,8% não é valor 100% preditivo para o teste positivo, podendo ocorrer falso-positivo. Por esse motivo, o teste de Western Blot, que tem especificidade muito maior que o ELISA, é usado como exame confirmatório. O Western Blot pode identificar especificamente a presença de proteínas (faixas de anticorpos). Outros métodos usados para detecção de infecção por HIV são a cultura, a detecção direta de antígenos do HIV e o exame de PCR. Agora existem testes rápidos utilizados como parâmetro para o início de quimioprofilaxia contra o HIV, em situações de urgência em que profissionais de saúde se expõem a material biológico. Manifestações Clínicas Os indivíduos com infecção por HIV desenvolvem um grande número de doenças resultantes da imunossupressão induzida pelo vírus. Após a doença aguda por HIV, predominam as doenças orais e cutâneas nos pacientes na fase inicial (CD4+ > 500 cél/mm3) e na fase média da doença (CD4+ entre 200 e 500 cél/mm3). Subsequentemente, nos últimos estágios da infecção por HIV (CD4+ <200 cél/mm3), os pacientes frequentemente apresentam infecções oportunistas e/ou tumores malignos que acometem mais comumente os sistemas respiratório, gastrointestinal e o SNC (sistema nervoso central). Os pacientes frequentemente se apresentam com múltiplos problemas clínicos, especialmente aqueles nos estágios finais da doença. Após a infecção aguda por HIV, estima-se que 30-50% dos indivíduos apresentam manifestações clínicas que tipicamente surgem 2-4 semanas após a contaminação. Os sintomas e sinais, frequentemente descritos como semelhantes aos da mononucleose, são caracterizados por febre, exantema, dor de garganta e linfadenopatia. Outros sinais e sintomas incluem mialgia, cefaléia, ulcerações de mucosas (oral, vaginal e peniana), paralisia facial e hepatoesplenomegalia. Geralmente esse quadro agudo dura 1-2 semanas. Depois desse período o número de células CD4 cai transitoriamente, seguindo-se um aumento rápido no número de células CD8+. Presumivelmente a intensa resposta de CD8 tem papel importante no controle inicial da infecção aguda por HIV. O diagnóstico de infecção por HIV, com teste negativo para anticorpos, usualmente é confirmado pelo teste positivo de antígeno p24.
Sinais e Sintomas Os principais sinais e sintomas relatados e verificados em pacientes já doentes de AIDS são: * Perda de peso sem motivo aparente (geralmente o paciente perde cerca de 10% do seu peso corpóreo) * Escamações na pele - pacientes sintomáticos (que já apresentam sintomas da AIDS) geralmente apresentam uma escamação denominada por dermatite seborréica, que pode localizar-se em pontos específicos ou infestar o corpo. Coça e escama permanentemente. * Suores noturnos * Cansaço constante * Falta de apetite * Diarréia crônica - diarréia forte por mais de 1 mês * Febre - mais de 38ºC de febre por período igual ou maior a 1 mês Mulheres e HIV Embora haja poucas pesquisas sobre o papel do gênero na evolução clínica da infecção pr HIV, os dados disponíveis sugerem que os sintomas, os achados laboratoriais e a sobrevida são semelhantes em ambos os sexos. Os padrões de infecções oportunistas também parecem ser semalhantes, com duas exceções: nas mulheres a candidíase esofagiana é mais frequente e o sarcoma de Kaposi menos frequente. Na maioria das regiões pandêmicas as mulheres tendem a ser mais jovens, menos favorecidas socialmente e a fazer parte das etnias hispânica e africana. Muitas mulheres infectadas por HIV têm filhos e com frequência são mães de família solterias, vivendo com outros membros da família HIV-positivos. Essas diferenças sócio-econômicas dificultam o acesso aos serviços de saúde e podem aumentar a morbidade e a mortalidade. A infecção por HIV pode afetar a gravidez em diferentes estágios da sua evolução. A frequência, a gravidade e a resposta ao tratamento de muitos problemas ginecológicos podem ter relação com a magnitude da imunossupressão. Qualquer que seja o estágio da evolução da infecção por HIV, assegura-se às mulheres infectadas o diagnóstico precoce, a intervenção necessária e o tratamento agressivo de problemas ginecológicos. As mulheres infectadas por HIV têm índices mais altos de HPV e displasia cervical. Além disso, o carcinoma cervical invasivo foi recentemente acrescentado às doenças definidoras de AIDS. O Papanicolaou é recomendado a cada 6 meses para detecção precoce de anomalias cervicais, com seguimento e biópsia dos casos anormais. As verrugas genitais e o condiloma acuminado também são causados por HPV e têm sido ligados à displasia cervical. As verrugas também podem se transformar em lesões extensas e refratárias ao tratamento. Os condilomas do colo uterino usualmente são assintomáticos e visíveis à colcoscopia. O efeito do HIV na gravidez ainda é desconhecido. Os filhos de mulheres infectadas podem se infectar ainda no útero, durante o parto e através do aleitamento materno. As estimativas dos índices de transmissão de HIV variam de 13% a 30%, com índices maiores nos países em desenvolvimento. Quando a sorologia positiva para HIV é diagnosticada precocemente, a mulher pode
fazer uso do AZT como profilaxia, com o objetivo de reduzir as chances de dar à luz uma criança infectada pelo HIV. O AZT cápsulas durante a gestação e o AZT injetável durante o parto reduzem em 80% as possibilidades de a mãe infectar seu filho. O HIV pode causar o aborto expontâneo do feto, ou causar lesões de ordem cardíaca, respiratória ou neurológica no bebê, e levá-lo precocemente à morte. Tratamento Atualmente a AIDS possui tratamento. Dependendo do estágio em que a doença se encontra e do início da terapia, é possível que o pacientes doente de AIDS volte ao estágio de assintomático, não apresentando mais nenhum sintoma da doença. Isto é conseguido através da terapia anti-retroviral, que se utiliza de duas ou mais drogas em associação para inibição dos principais ciclos de replicação do vírus. Esta associação é conhecida comumente como Coquetel, mas no meio médico é chamada de Terapia Tríplice. Até a presente data, existem várias drogas utilizadas nas terapias anti-retrovirais em pacientes portadores de HIV/AIDS (em verdade há mais outras drogas já desenvolvidas e disponíveis no mercado, mas que não foram adotadas pelo Ministério da Saúde). Estas drogas se dividem em dois principais grupos: Inibidores da Transcriptase Reversa e Inibidores da Protease. Essas drogas são distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde. São elas: * AZT * Didanosina * Zalcitabina * Lamivudina * Biovir (AZT+Lamivudina) * Estavudina * Indinavir * Saquinavir * Ritonavir * Nelfinavir * Nevirapina * Delavirdina * Efavirenz * Agenerase A terapia consta de 3 ou mais drogas associadas. O paciente não se utiliza de todas drogas de uma vez só. Seus efeitos colaterais são muito fortes, o que muitas vezes força os pacientes alternar de terapia para sua melhor adaptação e resposta ao tratamento. O custo do tratamento com anti-retrovirais é muito elevado. Anualmente, o Ministério da Saúde gasta milhões na aquisição destes medicamentos. Justamente em virtude deste alto custo, o Brasil comprou a tecnologia para fabricação dos anti-retrovirais aqui mesmo no país, barateando, assim, o custo de um tratamento. Hoje o Brasil já produz algumas das drogas existentes para distribuição na rede pública, e em breve estará doando este Know How a países menos favorecidos, como os da África. Fonte: Atlas de Doenças Sexualmente Transmissíveis - Segunda Edição Stephen A Morse Adele A Moreland King
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