Por onde passamos deixamos nossa marca, agradável ou não. A nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, "legados" . Através da pegada de uma animal podemos saber muito sobre ele.
Assim é também a “Pegada Ecológica ou Ambiental”. Quanto mais se pisamos na TERRA ,ou seja, nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.
O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.
A Pegada Ecológica ou Ambiental não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos de maneira sustentável.
A Pegada Ecológica
foi criada para nos ajudar a perceber o quanto de recursos da Natureza
utilizamos para sustentar nosso estilo de vida, o que inclui a cidade e a casa
onde moramos, os móveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que
utilizamos, aquilo que comemos, o que fazemos nas horas de lazer, os produtos
que compramos e assim por diante.
A Pegada é também uma
ferramenta de leitura e interpretação da realidade, pela qual
poderemos enxergar, ao mesmo tempo, problemas conhecidos, como desigualdade e
injustiça, e, ainda, a construção de novos caminhos para solucioná-los, por
meio de uma distribuição mais equilibrada dos recursos naturais, que
se inicia também pelas atitudes de cada indivíduo.
O que compõe a Pegada?
Pegada
Ecológica ou Ambiental de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar,
necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados
estilos de vida. Em outras palavras,a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir,
em hectares (ha), a extensão de
território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” , em média, para se
sustentar.
Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros dados, também entraram na conta.
Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade.
Composição da Pegada Ecológica:
TERRA
PRODUTIVA: Terra para colheita, pastoreio, corte de madeira e
outras atividades de grande impacto.
MAR PRODUTIVO: Área necessária para pesca e extrativismo
ÁREA DE ENERGIA FOSSIL: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono.
ÁREA URBANIZADA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.
TERRA DE BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade.
MAR PRODUTIVO: Área necessária para pesca e extrativismo
ÁREA DE ENERGIA FOSSIL: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono.
ÁREA URBANIZADA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.
TERRA DE BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade.
De modo geral,
sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos,
“usam” mais espaços do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas.
Suas pegadas são maiores pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, explorando essas áreas ou causando impactos por conta da geração de resíduos.
Como a produção de bens e consumo tem aumentado significativamente, o espaço físico terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar no elevado padrão atual. Por isso, para assegurar a existência de condições favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de forma sustentável.
Outro grave efeito da excessiva exploração da natureza é a perda acelerada da biodiversidade,
ou seja, o desaparecimento ou declínio do número de populações de espécies de plantas e
animais.
A perda da biodiversidade verificada entre os anos de 1970 e 2000, cerca de 35%, somente é comparável
A perda da biodiversidade verificada entre os anos de 1970 e 2000, cerca de 35%, somente é comparável
a eventos de extinção em massa ocorridos apenas quatro ou cinco vezes durante bilhões de anos da
história da Terra. Todos eles causados por desastres naturais e jamais pelo ser humano, como agora.
Teoricamente, 1.8 hectare é a média de área disponível por pessoa*, no planeta, de modo a
Teoricamente, 1.8 hectare é a média de área disponível por pessoa*, no planeta, de modo a
garantir a sustentabilidade da vida na terra. Isto equivale a uma área pouco menor do que a
de dois campos de futebol.
Entretanto, desde de 1999, a média de consumo por pessoa no mundo é de 2.2 hectares, cerca
Entretanto, desde de 1999, a média de consumo por pessoa no mundo é de 2.2 hectares, cerca
de 25% a mais do que o planeta pode suportar. Estamos em estado de alerta total!
Calcule sua pegada no site da Global Footprint Network (GFN). Escolha o Brasil como seu país para fazer o teste em português.
Pegada Ecológica no Mundo:
Calcule a sua Pegada Ecológica
Calcule sua pegada no site da Global Footprint Network (GFN). Escolha o Brasil como seu país para fazer o teste em português.
Referências:WWF Brasil
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