Blog de Biologia

terça-feira, 26 de maio de 2015

2015: ANO INTERNACIONAL DA LUZ



A Assembleia Geral das Nações Unidas acaba de proclamar 2015 como o Ano Internacional da Luz, para celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico. Portugal não esteve entre os 35 países que apoiaram a proposta, que foi aprovada sem voto – informa o astrofísico português Pedro Russo, da Universidade de Leiden, na Holanda, e um dos conselheiros da coordenação global do Ano Internacional da luz.
A ideia deste ano foi liderada pelo México, e entre os 35 países que apoiaram a proposta encontram-se o Chile, Israel, Nova Zelândia, Rússia, Sri Lanka, Estados Unidos, China, Cuba ou a Ucrânia. O objetivo é promover o conhecimento sobre o papel essencial que a luz desempenha nas nossas vidas e assinalar, como refere a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU, algumas datas científicas importantes, que coincidentemente fazem aniversários “redondos” nessa altura.
Em 2015, completam-se 100 anos da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. E os 110 anos da explicação do efeito fotoelétrico, também de Einstein e que lhe valeu o Nobel da Física de 1921, anunciado no ano seguinte (neste efeito, um fóton – uma partícula de luz –, ao incidir sobre certos metais, arranca elétrons que aí se encontram). Outra data, entre outras: em 2015 comemoram-se os 50 anos da descoberta da radiação cósmica de fundo, a radiação emitida no Big Bang (ocorrido há 13.800 milhões de anos) e que banha todo o Universo. Por esta descoberta, os norte-americanos Arno Penzias e Robert Wilson ganharam o Nobel da Física em 1978.
“Um Ano Internacional da Luz é uma oportunidade tremenda para garantir que os decisores políticos tomam consciência dos problemas que a tecnologia da luz pode resolver”, sublinhou o presidente da comissão para a celebração do Ano Internacional da Luz, John Dudley. “A fotónica fornece soluções de baixo custo para desafios que se colocam em várias áreas: energia, desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, saúde, comunicações e agricultura. Por exemplo, soluções inovadoras na área da iluminação reduzem o consumo de energia e o impacto ambiental, ao mesmo tempo que minimizam a poluição luminosa, para que todos possamos apreciar a beleza do Universo num céu escuro”, acrescentou John Dudley, citado num comunicado da Sociedade Internacional para a Óptica e a Fotónica (esta é a ciência ligada ao processamento e à detecção de sinais de luz).
“A luz dá-nos a vida através da fotossíntese, deixa-nos ver para trás no tempo em direção ao Big Bang cósmico e ajuda-nos a comunicar com outros seres vivos sencientes aqui na Terra – e talvez com outros no espaço exterior, caso os encontremos”, notou por sua vez o cientista da NASA John Mather, premiado com o Nobel da Física de 2006 (juntamente com George Smoot), pelos seus trabalhos no satélite Cobe, que permitiu ver em detalhe a radiação cósmica de fundo quando o Universo tinha 300 mil anos, como até aí não tínhamos conseguido. “Einstein estudou a luz ao desenvolver a teoria da relatividade, quando acreditou que as leis da natureza que nos dão a luz deveriam certamente ser verdadeiras, independentemente da velocidade a que a luz se desloque. Agora sabemos que até os electrões e os protões se comportam de forma semelhante a ondas de luz, de maneiras que continuam a espantar-nos. E as tecnologias ópticas e fotónicas desenvolvidas para a exploração do espaço deram-nos muitas aplicações válidas na vida Cotidiana.”
Este aspecto da luz como essencial à nossa própria existência é também sublinhado por outro laureado com o Nobel: “A civilização não existiria sem a luz – a luz do nosso Sol e a luz dos lasers que agora se tornaram uma parte importante das nossas vidas cotidianas, desde as leituras [das embalagens] nos supermercados até às cirurgias oftalmológicas e as tecnologias de informação usadas nas comunicações ao longo dos oceanos”, diz o egípcio Ahmed Zewail, que ganhou o Nobel em 1999 pelos seus trabalhos na área da femtoquímica (que estuda as reações químicas a escalas temporais extremamente curtas).

terça-feira, 19 de maio de 2015

VOCÊ SABE O QUE É PEGADA ECOLÓGICA?







Por
 onde passamos deixamos nossa marca, agradável ou não. A nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, "legados" . Através da pegada de uma animal podemos saber muito sobre ele.


Assim é também a “Pegada Ecológica ou Ambiental”. Quanto mais se pisamos na TERRA ,ou seja, nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.

O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.

A
 Pegada Ecológica ou Ambiental não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos de  maneira sustentável.






A Pegada Ecológica foi criada para nos ajudar a perceber o quanto de recursos da Natureza utilizamos para sustentar nosso estilo de vida, o que inclui a cidade e a casa onde moramos, os móveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, aquilo que comemos, o que fazemos nas horas de lazer, os produtos que compramos e assim por diante.
A Pegada é também uma ferramenta de leitura e interpretação da realidade, pela qual poderemos enxergar, ao mesmo tempo, problemas conhecidos, como desigualdade e injustiça, e, ainda, a construção de novos caminhos para solucioná-los, por meio de uma distribuição mais equilibrada dos recursos naturais, que se inicia também pelas atitudes de cada indivíduo.

O que compõe a Pegada?
 Pegada Ecológica ou Ambiental de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida. Em outras palavras,a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” , em média, para se sustentar.

Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas construídas) e as diversas  formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações e outros dados, também entraram na conta.

Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da
 biodiversidade.


Composição da Pegada Ecológica:
 
TERRA PRODUTIVA: Terra para colheita, pastoreio, corte de madeira e outras atividades de grande impacto.

MAR PRODUTIVO: Área necessária para pesca e extrativismo

ÁREA DE ENERGIA FOSSIL: Área de florestas e mar necessária para a absorção de emissões de carbono.

ÁREA URBANIZADA: Área para casas, construções, estradas e infra-estrutura.

TERRA DE
 BIODIVERSIDADE: Áreas de terra e água destinadas à preservação da biodiversidade.
 
De modo geral, sociedades altamente industrializadas, ou seus cidadãos, “usam” mais espaços do que os membros de culturas ou sociedades menos industrializadas.


Suas pegadas são maiores pois, ao utilizarem recursos de todas as partes do mundo, afetam locais cada vez mais distantes, explorando essas áreas ou causando impactos por conta  da geração de resíduos.

Como a produção de bens e consumo tem aumentado
 significativamente, o espaço físico terrestre disponível já não é suficiente para nos sustentar no elevado padrão atual.  Por isso, para assegurar a existência de condições favoráveis à vida precisamos viver de acordo com a “capacidade” do planeta, ou seja, de acordo com o que a Terra pode fornecer e não com o que gostaríamos que ela fornecesse. Avaliar até que ponto o nosso impacto já ultrapassou o limite é essencial, pois só assim poderemos saber se vivemos de forma sustentável.




Outro grave efeito da excessiva exploração da natureza é a perda acelerada da biodiversidade,
 ou seja, o desaparecimento ou declínio do número de populações de espécies de plantas e
 animais.

A perda da biodiversidade verificada entre os anos de 1970 e 2000, cerca de 35%, somente é comparável
 a eventos de extinção em massa ocorridos apenas quatro ou cinco vezes durante bilhões de anos da 
história da Terra. Todos eles causados por desastres naturais e jamais pelo ser humano, como agora.

Teoricamente, 1.8 hectare é a média de área disponível por pessoa*, no planeta, de modo a 
garantir a sustentabilidade da vida na terra. Isto equivale a uma área pouco menor do que a
de dois campos de futebol.

Entretanto, desde de 1999, a média de consumo por pessoa no mundo é de 2.2 hectares, cerca 
de 25% a mais do que o planeta pode suportar. Estamos em estado de alerta total!


Pegada Ecológica no Mundo:



Calcule a sua Pegada Ecológica


Calcule sua pegada no site da Global Footprint Network (GFN). Escolha o Brasil como seu país para fazer o teste em português.




Referências:WWF Brasil

sábado, 15 de março de 2014

O QUE É O FENÓTIPO BOMBAIM ou FALSO "SANGUE O" ?

O fenótipo, Bombaim é um fenômeno raro, descoberto na cidade indiana de Bombaim, por isso o nome.


Esse fenômeno faz com que indivíduos com o genótipo dos grupos sanguíneos “A”, “B” e “AB” expressem o fenótipo do grupo sanguíneo “O”. Na Índia a prevalência desse fenótipo é de 1:10.000 e na Europa é de 1:1.000.000.
Mas por que isso acontece?
A expressão dos genótipos do sistema sanguíneo ABO está relacionada com o lócus gênico denominado H, existente no cromossomo 19, onde está o alelo H (dominante) ou  h (recessivo).
O alelo H produz  uma  enzima (enzima H) que transforma uma substância precursora em antígeno H, que, por sua vez, é transformado em antígeno A ou B por ação, respectivamente, de enzimas sintetizadas sob o comando dos alelos IA  ou  IB.
Como  o  alelo i  é inativo, não  promove  qualquer transformação no antígeno H, que permanece presente nas hemácias dos indivíduos do verdadeiro sangue tipo “O”.

Pessoas com o fenótipo Bombaim não produzem a enzima ativa (H) que transformaria a substância precursora em antígeno H.
Sendo assim, a sua ausência [da enzima] faz com que essas pessoas não apresentem os antígenos “A” e “B” nem o “H”, em suas hemácias, mesmo possuindo os alelos responsáveis pela síntese dessas substâncias.
Então, indivíduos HH ou Hh (quase toda a população humana), são capazes de expressar os genótipos:
  • IAIA ou IAi (sangue tipo A); [tem antígeno A e anticorpo B]
  • IBIB ou IBi (sangue tipo B); [tem antígeno B e anticorpo A]
  • IAIB (sangue tipo AB); [tem antígenos A e B e não tem anticorpos A e B]
  • ii (sangue tipo O); [não tem antígenos A e B e tem anticorpos A e B]
Indivíduos de composição genética hh por outro lado, são incapazes de promover essa  transformação,  não  expressando, como consequência,  os referidos genótipos, caracterizando, portanto, os falsos “O”.
  • Fenótipo Bombaim não tem antígenos H na superfícies das hemácias e tem anticorpos H.
Qual é a doença que o indivíduo apresenta?
Ser deficiente para a enzima H não causa doença. Mas se uma transfusão sanguínea for necessária, pessoas com fenótipo Bombaim podem receber sangue apenas de outros doadores que também são deficientes para a enzima H.
Se pacientes com anti-H (fenótipo Bombaim) em sua circulação recebem transfusão de sangue que contém antígeno H (sangue do grupo O, por exemplo), podem correr o risco de sofrer uma reação hemolítica aguda transfusional.
Como saber?
O teste para detectar se uma pessoa é realmente “O” ou falso “O” é feito  aplicando-se  o  anticorpo  anti-H  em  uma  gota  de  sangue. 
  • Se houver aglutinação, o indivíduo é um “O” verdadeiro, ou seja, “ii”.
  • Se não ocorrer aglutinação, ele é falso “O”, podendo ser IAIA, IAi, IBIB, IBi ou IAIB.


sábado, 26 de outubro de 2013

Comentário ENEM 2013 CIÊNCIAS DA NATUREZA -BIOLOGIA

Analisando a prova de ciências da natureza de hoje,  com ênfase nas questões de biologia, podemos dizer que foi uma prova de nível mediano  para fácil, onde ainda se sentiu a falta de alguns assuntos relevantes como histologia , fisiologia humana com mais profundidade, origem da vida  e evolução . Mas , como de costume a ecologia sempre bem presente , a genética básica e a biotecnologia e citologia. Mas ,muito feliz pelo que foi dito em sala de aula e revisão.
Alguns comentários das questões:
A questão que tratou do intestino das serpentes retrata a função das vilosidades intestinais que  aumentam a superfície de absorção de nutrientes.
A questão a respeito dos peixes nativos que somem após a formação da represa  e o desenvolvimento de espécies exóticas . Espécies exóticas não possuem predadores e logo crescem muito e o que ocorre é uma competição interespecífica  já que os nichos são iguais e  a espécie nativa perde.
A questão da reprodução ,onde se traata de aranhas e louva-deus , é interpretativo do próprio enunciado, favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais já que a fêmea precisa se nutrir do que há no organismos do macho para ter sucesso com os seus descendentes.
A questão de Genética sobre a paternidade é uma simples interpretação de eletroforese onde as bandas que se correspondem indicam o pai.
O fera viu que foi tratado e “desenhado” isso nas vésperas, além da questão da rubéola que pode o homem infectara gestante e causar consequências ao feto.
E a produção da vacina onde ou seja, prevenção de doenças infectocontagiosas, com a questão da varíola e o bovino.
A questão de mitocôndrias que apresentam o DNA próprio muito falado em sala de aula. É o mesmo da mãe e da avó.
No fim das contas , uma prova em que o fera visão se deu muito bem até aqueles que tentaram por experiência como os alunos de 1º e 2º anos.


Um forte abraço e sucesso!!!!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

TAXONOMIA : VÍRUS E REINOS MONERA ,PROTOCTISTA E FUNGI


NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO
DOS SERES VIVOS

Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e plantas, já de há muito os cientistas vinham procurando criar uma nomenclatura internacional para a designação dos seres vivos. No primeiro livro de Zoologia publicado por um americano, Mark Catesby, por volta de 1740, o pássaro conhecido por tordo (o sabiá americano) foi denominado cientificamente assim: Turdus minor cinereo-albus, que significava: tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas.
Era uma tentativa de "padronizar" o nome do tordo, de tal forma que assim ele pudesse ser conhecido em qualquer idioma. Mas, convenhamos, o nome proposto por Mark Catesby era muito grande para um pássaro tão pequeno.
Já em 1735, o sueco Karl von Linné, botânico sueco, conhecido por Lineu, lançava seu livro Systema Naturae, onde propunha regras para classificar e denominar animais e plantas.
Categorias taxionômicas

Reino: é um grupo de filos; Filos: é um grupo de classes; Classes: é um grupo de ordens; Ordem: é um grupo de famílias; Família: é um grupo de gêneros; Gênero: é um grupo de espécies; Espécie: é um grupo de indivíduos semelhantes que se reproduzem entre si, gerando descendentes férteis.
Um exemplo de classificação de animal. O modelo classificado a ser classificado vai ser o cão.
Reino: Animalia ou Metazoa (se enquadram todos os animais existentes na Terra);
Filo: Chordata (saíram os invertebrados. Ficaram os cordados);
Subfilo: Vertebrata (saiu o anfioxo, protocardo, ficaram somente os vertebrados);
Classe: Mammalia (saíram peixes, anfíbios, répteis e aves. Ficaram somente os mamíferos);
Ordem: Carnívora (saíram herbívoros e roedores. Ficaram somente os carnívoros);
Família: Canidae (saíram os felídeos e ursídeos. Ficaram apenas os canídeos);
Gênero: Canis (saiu a raposa. Ficaram o cão e o lobo, que pertencem ao gênero Canis
Espécie: Canis familiaris (Saiu o lobo. Ficou o cão).
Regras de nomenclatura
  • O nome do gênero e da espécie devem ser escrito em latim e grifados;
  • Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo indica o seu gênero e o segundo,o epíteto específico formando os dois a sua espécie. Ex: Canis familiaris (cão); Musca domestica (Mosca);
    O nome relativo ao gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o da espécie com inicial minúscula. Ex: Homo sapiens (Homem);
    OBS: Nos casos em que o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula. Ex: Trypanosoma cruzi (ou Cruzi) — nome dado por Carlos Chagas ao micróbrio causador da doença de Chagas, em homenagem a Oswaldo Cruz;
  • Quando se trata de subespécies, o nome indicativo deve ser escrito sempre com inicial minúscula (mesmo quando se refere a pessoas), depois do nome da espécie. Exs: Rhea americana alba (ema branca);Rhea americana grisea (ema cinza);
  • Nos caso de subgênero, o nome deve ser escrito com inicial maiúscula, entre parenteses e depois do nome do gênero. Ex: Anopheles (Nyssurhynchus) darlingi (um tipo de mosquito).

Reino do mundo vivo
Em 1969, Whittaker idealizou um moderno sistema de classificação que distribuiu os seres vivos em cinco reinos — Monera, Protista, Fungi, Metaphyta Metazoa.



VÍRUS


Os vírus são moléculas diminutas, medindo cerca de 0,1µm de diâmetro, com dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico. Basicamente são constituídos por ácido nucleico, que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por um invólucro proteico denominado capsídeo, que além de proteger o material genético, combina-se quimicamente com receptores membranares das células parasitadas.

Esses seres são acelulares, não possuindo orgânulos que desempenham a complexa síntese bioquímica. Somente exprimem atividades vitais: reprodução e propagação, no interior de uma célula hospedeira. Portanto, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Quando a relação parasitária se estabelece, o material genético virótico assume o comando da célula, voltando quase que exclusivamente o metabolismo para originar centenas de novos vírus em questão de minutos.
Alguns são classificados como envelopados, possuindo um envelope lipoproteico procedente da membrana da célula hospedeira. Nessa classificação, enquadra-se com destaque o vírus da Imunodeficiência Humana -HIV.





Geralmente, o termo vírus faz referência ao processo de instalação / infecção em organismos eucariontes (que possuem material genético envolvido por membrana nuclear) enquanto o termo bacteriófago, é designado aos vírus que se instalam em procariotos (organismos que não possuem membrana nuclear envolvendo o material genético da célula: bactérias).


Atualmente foram identificadas aproximadamente 3.600 espécies, que podem infectar bactérias, plantas e animais, bem como se instalar e causar doenças ao homem. Cada doença com particularidades quanto ao modo de transmissão, características da infecção e medidas profiláticas.

As doenças viróticas que mais acometem o organismo humano são as seguintes: Gripe, Catapora ou Varicela, Caxumba, Dengue, Febre Amarela, Hepatite, Rubéola, Sarampo, Varíola, Herpes simples e Raiva.


REINOS MONERA, PROTISTA E FUNGI
Reino Monera
Definição
Formado pelas bactérias e cianobactérias (algas azul-esverdeadas). São unicelulares ou coloniais. Como em toda célula procariótica, nesses organismos não há organelas citoplasmáticas delimitadas por membranas e o material nuclear não está envolto pela carioteca.  Os únicos tipos de orgânulos são os ribossomos.
Reino Monera – bactérias e cianobactérias

Características gerais
-Seres procariontes
-Unicelulares
-Tem parede celular constituída de peptidoglicano (exceção micoplasmas)
-Vivem isoladas ou em colônia
- Podem formar endósporos – estruturas de resistência (condições ambientais adversas)

Reino Monera é dividido em: grupo Archaea  - termófilas extremas – águas quentes
                                                                                - halófitas extremas – águas muito salinas
                                                                               - metanogênicas – pântanos/ intestino de ruminantes - produtoras de metano (CH4); s/ O2
                                                     grupo Bactéria ou Eubacteria  - bactérias e cianobactérias

Podem ter diversos formatos:

-Cocos  -Espirilos  -Bacilos –Vibriões - Espiroquetas

Possuem uma grande Diversidade Metabólica

- Autótrofas:  Fotossíntese –  Cianobactérias – reagentes: CO2 e H2O, produtos: O2, H2O e C6H12O6
                                                  Púrpuras – reagentes CO2 e H2S, produtos: S2, H2O e C6H12O6
                          Quimiossíntese – fontes termais submarinas e solos, como as que participam do ciclo do nitrogênio.

- Decompositoras
  Fermentação – láctica
  Respiração aeróbia/ anaeróbia

- Vivem em associação – bactérias da flora intestinal (produzem vitamina K) 
                                         - vivem em hospedeiras: as parasitas: causadoras de doenças
                                          - bactérias dos nódulos de raízes de leguminosas – biofixação do N2       

Podem ser:  Gram +  retêm o corante violeta, devido a camada de peptidoglicano. Mais sensíveis a antibióticos.
                    Gram -  não retêm o corante violeta, pois tem uma camada a mais, como a membrana plasmática.

Reprodução

- Assexuada: por bipartição
- Reprodução com aumento de variabilidade genética (“Sexuada”):
-conjugação- troca de material genético entre 2 bactérias;
-transformação – absorve DNA disponível no meio
-transdução – transferência de DNA bacteriano através de vírus (bacteriófago)             

Ler sobre algumas doenças bacterianas: modo de transmissão, sintomas, prevenção.
- botulismo, cólera, coqueluche, difteria, febre maculosa, hanseníase (lepra), leptospirose, megingite epidêmica, pneumonia, sífilis, tétano, tuberculose, antraz.

Reino Protista – protozoários e algas

Características gerais dos protozoários
- Seres eucariontes
- Unicelulares
- Heterótrofos
- Podem fazer parte do zooplâncton
- Protozoários de água doce - possuem vacúolo contrátil ou pulsátil – elimina excesso de água.

Podem ser divididos em 4 grupos: amebóides, flagelados, ciliados, esporozoários.

Amebóides ( SARCODÍNEOS ) PSEUDÓPODES  
- Possuem pseudópodes (pés falsos)/ fagocitose
-Exemplos: amebas, heliozoários, radiolários, foraminíferos.
- Podem viver em água doce, mares ou solos úmidos.
- Reprodução mais comum: assexuada por bipartição ou divisão binária.
- Podem ser parasitas causadores de gengivite e disenteria amebiana.

Flagelados (MASTIGOPHORO)
- Possuem 1 ou mais flagelos
- Reprodução comum: assexuada por divisão binária longitudinal
- Alguns podem ter vida livre (ambiente aquático), outros são parasitas e alguns vivem no intestino de cupins/baratas comedoras de madeira (digestão de celulose).

Ciliados (CILIOPHOROS)
- Possuem cílios
- podem viver em água doce, mares e solo úmido.
- Podem ser predadores, parasitas ou filtradores de partículas.
- Geralmente possuem 2 núcleos: macro (metabolismo e rep. assexuada) e micronúcleo (rep. sex e assex.)
- Reprodução assexuada- divisão binária transversal e Reprodução sexuada – conjugação (troca de micronúcleos)

Esporozoários (APICOMPLEXA)
- Não possuem estruturas especiais, porém podem se deslocar por deslizamento/flexão e obtém alimento por absorção/pinocitose.
-São parasitas e tem reprodução típica: esporogonia, o zigoto (2n) vira um cisto, depois sofre meiose, e o núcleo se divide em 4 esporozoítos (n), que através de mitose se multiplicam em  8 esporozoítos (n), que depois saem do cisto.

Ler sobre algumas doenças causadas por protozoários: modo de transmissão, sintomas, prevenção.
- malária, balantidiose (disenteria), disenteria amebiana (amebíase), doença de chagas, giardíase, leishmaniose visceral americana (calazar), toxoplasmose, tricomoníase, úlcera de Bauru (leishmaniose de pele).

Características gerais das algas
- Seres eucariontes
- Uni ou pluricelulares
- Podem fazer parte do plâncton (fitoplâncton)
- As algas de água doce possuem vacúolo contrátil ou pulsátil
- Autótrofos por fotossíntese *
- Podem ser fonte de alimento, como sushi
- Algumas algas produzem substâncias importantes como alginato (usadas na fabricação de papel e estabilizadores de pastas de dente e sorvete);
- Outras são fonte de ágar e carragenina, substâncias importantes na fabricação de medicamentos, cosméticos, gelatinas, meios de cultura de bactérias, emulsificantes, estabilizantes e espessante em alimentos.
- Tem pigmentos fotossintetizantes e substâncias de reserva específicos.

São divididos em: euglenophyta, dinophyta, bacillariophyta, phaeophyta, phaeophyta, rhodophyta, chlorophyta.

Euglenophytas (euglenas)
- Unicelulares; possuem 2 flagelos; reprodução binária longitudinal; vivem em água doce/mares; possuem estigma (para percepção luminosa); podem ser heterótrofos*.

 Dinophyta (dinoflagelados)
-Unicelulares; podem ser heterótrofos; a maioria vive no mar, alguns são de água doce; possuem endoesqueleto; geralmente tem 2 flagelos; reprodução comum: assexuada por bipartição ou sexuada: formação de gametas; podem ser bioluminescentes; alguns podem ser tóxicos causando as "marés vermelhas" ou intoxicando ostras ou bivalves que podem servir de alimento ao homem, podendo causar graves distúrbios.

Bacillariophyta (diatomáceas)
-Maioria vive no plâncton marinho; unicelulares; podem viver em colônias; possuem parede celular rígida de sílica – frústula ou carapaça (2 valvas), podem ter muitos formatos; formaram depósitos chamados de terra de diatomáceas/diatomito; essas carapaças são usadas na fabricação de cosméticos, filtro e produtos de polimento; podem se locomover por deslizamento; reprodução assexuada por bipartição ou sexuada com gametas.

Phaeophyta (algas pardas)
- Pluricelulares; marinhas, em águas frias; grandes com cerca de 60 m (chamdas de kelps); No Brasil chegam a 4m (ES); podem conter gases para flutuação.

Rhodophyta (algas vermelhas)
- Encontradas em mares, água doce e locais úmidos (rochas e troncos); podem servir para a alimentação- a nori, que é usada para fazer sushi, ela tem muita vitamina C.

Chlorophyta (algas verdes)
- Podem ser uni ou pluri, são geralmente aquáticas, mas [podem viver em locais úmidos; exemplo o alface-do-mar.

Reprodução assexuada: bipartição (unicelulares) e nas pluri pode ocorrer a fragmentação ou esporulação.

Reprodução sexuada: formação de gametas; Existem 3 tipos de ciclos de vida, que dependem do momento em que ocorre a meiose: Ciclo haplonte (meiose zigótica), diplonte (meiose gamética) e haplonte-diplonte (meiose intermediária) = (alternância de gerações).


Reino Fungi  - fungos, tais como leveduras, cogumelos, bolores, mofos, orelhas-de-pau.

Obs: Micologia é a ciência que estuda os fungos.

Características gerais

- Seres eucariontes
- Heterótrofos
- Fazem digestão externa por absorção de nutrientes (eliminando enzimas digestivas)
- Muitos são decompositores (saprófitas), outros podem ser predadores, parasitas de plantas/animais ou simbiontes.
- Tem parede celular de quitina (presente em artrópodes)
- Sua substância de reserva é o glicogênio (presente em animais)
- Reprodução geralmente feita através de esporos (células com envoltório resistente, que ao germinarem dão origem a outro ser).
- Podem ser unicelulares (como as leveduras) ou pluricelulares, que são compostos por hifas, que são filamentos formados por várias células.
- Existem 2 tipos de hifas: hifa cenocítica – filamento sem septos entre as células
                                                hifa septada – filamento cujas células são separadas por septos        
                                                              
- O conjunto de hifas é chamado micélio.
- Existem 2 tipos de micélios: micélio vegetativo- formado por hifas responsáveis pela obtenção de alimento (dentro de um ambiente                                                                             úmido e rico em matéria orgânica)
                                                      micélio reprodutor - formado por hifas responsáveis pela formação de esporos. Esse micélio                                                                 geralmente fica fora do substrato.
- Alguns fungos formam corpos de frutificação, estruturas reprodutivas especiais, onde formam-se esporos.

Ciclo de vida dos fungos

- A união de hifas sem fusão dos núcleos é chamada de plasmogamia, e com a fusão de núcleos é a cariogamia.
- Divididos em fase assexuada e sexuada
- Na fase assexuada os esporos são formados por mitose. Existem 3 tipos destes esporos:
    Aplanósporo- transportados pelo vento e formados em esporângios
    Conidiósporo- transportados pelo vento e são menores que os aplanósporos                              
    Zoósporo- flagelados e aquáticos

- Na fase sexuada os esporos são formados por meiose. Existem 2 tipos destes esporos:
                Ascósporos- formado no interior do asco, que geralmente carrega 8 ascósporos (n). O corpo de frutificação que abriga os ascos é chamado de ascocarpo.
                Basidiósporos- formados nos basídios. Cada basídio carrega externamente 4 basidiósporos (n). O corpo de frutificação que abriga os basídios é chamado de basidiocarpo.  

- Existe um tipo especial de estrutura, o zigósporo ou zigosporângio, que tem parede celular espessa, e é uma forma de resistência contra efeitos adversos. Essas estruturas através de meiose, podem gerar esporos (n), que são dispersos pelo vento e germinam originando hifas.

Grupos
Ver cladograma p.229

Existem 4 grupos de fungos: Chytridiomycota, Zycomycota, Ascomycota, Basidiomycota.
- Além destes existe um grupo chamado Deuteromycota, que são chamados de fungos imperfeitos, pois os cientistas só observaram a fase assexuada deste fungo. 

Chytridiomycota
- São predominantemente aquáticos (água doce/mares), por isso tem zoósporos.
- Unicelulares ou pluri (com hifas cenocíticas)
- Alguns fungos deste grupo tem celulose além de quitina em sua parede celular
- Alguns são parasitas de plantas e dípteros, outros decompositores.

Zycomycota
- Possuem hifas cenocícitas
- Formam zigósporos
- Vivem no solo ou decompondo matéria orgânica
- Alguns são utilizados na fabricação de molho de soja, pílulas anticoncepcionais e drogas antiinflamatórias
- Algumas espécies formam micorrizas, uma relação ecológica de mutualismo, entre fungos e raízes de plantas. Nesta relação os fungos absorvem água do solo e degradam matéria orgânica, conseguindo nutrientes e as plantas produzem açúcares. Existe uma troca destes produtos entre eles.

 Ascomycota
- Podem ser uni (leveduras) ou pluricelulares
- Podem formar micorrizas, importantes para a sobrevivência de algumas orquídeas.
- Geralmente as leveduras se reproduzem assexuadamente: brotamento ou bipartição
- Outros tem fase assexuada com produção de conídeas (esporos) e a fase sexuada com produção de ascósporos
- O fungo Saccharomyces cerevisiae, é unicelular porém têm fase sexuada, sendo que os ascos tem em seu interior 4 ascósporos. O S. cerevisae é anaeróbio facultativo e pode fazer fermentação alcoólica, importante para a produção de bebidas alcoólicas e pães (devido o CO2 como subproduto).
- A trufa é um ascomiceto utilizado na alimentação, ocorre na Europa. Outro fungo comestível é a Morchella esculenta.
- Espécies de Penicillium são usadas na produção de antibióticos.
- Outras espécies de Penicillium, como P.roquefort e P. camembert são usadas na fabricação de queijos.
- Alguns fungos deste grupo produz subtâncias alucinógenas como o LSD e outros produzem substâncias cancerígenas como a aflatoxina (fungos que podem crescer em amendoim).
- Alguns podem formar liquens, que são associações entre fungos e algas verdes unicelulares ou entre fungos e cianobactérias. Entre eles há uma troca, em que o fungo fornece proteção, retém sais e água e o ser autótrofo (algas ou cianobactérias) fornece alimento. Os liquens se reproduzem por sorédios, partículas que contém os dois seres e são transportados pelo vento.

Basidiomycota
- Este grupo é representado por orelhas-de-pau e cogumelos.
- Existem cogumelos utilizados na alimentação, outros venenosos e outros que têm poder alucinógeno.
- Alguns formam micorrizas outros podem formar líquens
- Todos têm corpo de frutificação: os basidiocarpos, que carregam os basídios com os basidiósporos.

Ler sobre algumas doenças causadas por fungos: modo de transmissão, sintomas e prevenção.
Em humanos: micose (pé-de-atleta e pitiríase), sapinho, candidíase vaginal, histoplasmose e criptococose.
Em plantas: ferrugem.